Presidente do IBGE, Susana Guerra pede exoneração do cargo

Em nota, o IBGE afirmou ainda que ela segue no cargo "até a transição para o novo presidente a ser indicado"

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Susana Cordeiro Guerra, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (26) por motivos pessoais e de família, informou a instituição.

Em nota, o IBGE afirmou ainda que ela segue no cargo “até a transição para o novo presidente a ser indicado”. Ela é presidente da instituição desde fevereiro de 2019, quando foi indicada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

O fato ocorre um dia após a aprovação do Orçamento no Congresso deixar a instituição quase sem recursos para realizar o Censo 2021, o que pode inviabilizar a pesquisa, que foi adiada em 2020 por conta da pandemia.

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O IBGE previa um gasto de R$ 3,4 bilhões para realizar o Censo, mas por pressão do governo federal, precisou cortar o orçamento, que passou para R$ 2 bilhões. O texto aprovado no Congresso na quinta, porém, destina apenas R$ 71 milhões para a realização da pesquisa.

Susana já havia afirmado que, sem a pesquisa esse ano, as ações do governo para o combate à pandemia seriam prejudicadas. “Sem o Censo em 2021, as ações governamentais pós-pandemia serão fragilizadas pela ausência das informações que alicerçam as políticas públicas com impactos no território brasileiro, particularmente em seus municípios”, disse ela e o diretor de Pesquisas do IBGE, Eduardo Rios-Neto, em artigo publicado pelo jornal O Globo.

Sem orçamento

A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 foi aprovada na quinta-feira na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, reduzindo o orçamento do Censo Demográfico de R$ 2 bilhões para R$ 71 milhões. Na prática, a redução inviabiliza a realização do Censo neste ano, após a pesquisa já ter sido adiada em um ano.

O censo deveria ter ido a campo em 2020, mas foi adiado por causa da pandemia de covid-19. O órgão trabalhava para dar início à coleta, que visitaria todos os cerca de 71 milhões de lares brasileiros, a partir de agosto deste ano.

Tecnicamente, a verba ainda pode ser alterada na votação do plenário do Congresso. Não há, porém, nenhum movimento para essa mudança.

Mais jovem presidente

Em 2019, quando assumiu o posto de presidente do IBGE, Susana se tornou a pessoa mais jovem a comandar o instituto. Na ocasião, ela tinha 37 anos.

Ela sucedeu Roberto Olinto, funcionário de carreira do instituto desde 1980. Ela é formada em Harvard e fez doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Já trabalhou como economista do Banco Mundial.

Susana chegou ao comando do IBGE por intermédio da filha de Paulo Guedes, de quem é amiga há anos. Sua indicação foi reforçada ainda por Carlos von Doellinger, que será presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), onde Susana atuou como pesquisadora.

Ela chegou no IBGE com a missão de garantir a realização do Censo Demográfico 2020, que, à época, já seguia sob risco de postergação.

(Com Estadão Conteúdo)

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