Presidente do BC sul-coreano sugere que crise política não muda política monetária

O banqueiro central reconheceu que o episódio impõe riscos no curto prazo, mas ponderou que teria sido pior se o presidente não tivesse revertido a medida logo em seguida

Estadão Conteúdo

Pessoas participam de uma vigília condenando a declaração surpresa de lei marcial do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol na noite passada, que foi revogada horas depois, e pedindo sua renúncia, em Seul, Coreia do Sul, 4 de dezembro de 2024. REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Pessoas participam de uma vigília condenando a declaração surpresa de lei marcial do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol na noite passada, que foi revogada horas depois, e pedindo sua renúncia, em Seul, Coreia do Sul, 4 de dezembro de 2024. REUTERS/Kim Kyung-Hoon

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O presidente do Banco da Coreia do Sul (BoK, na sigla em inglês) Rhee Chang Yong, indicou nesta quarta-feira, 4, que a autoridade monetária não deve revisar as perspectivas de cortes de juros como resultado da crise política no país. Em entrevista à Bloomberg TV, Rhee explicou que as próximas decisões serão guiadas pelos fatores estruturais e os fundamentos macroeconômicos.

Na terça, 3, o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, decretou temporariamente a lei marcial, em uma medida que gerou protestos de parlamentares e da sociedade civil. O banqueiro central reconheceu que o episódio impõe riscos no curto prazo, mas ponderou que teria sido pior se o presidente não tivesse revertido a medida logo em seguida. “O sistema político sul-coreano é maduro e seguro”, disse.

O dirigente acrescentou que mais cortes de juros não seriam suficientes para lidar com as turbulências. Segundo ele, o câmbio agora está em nível apenas levemente acima do que antes da crise. No entendimento de Yoon Suk Yeol, a tendência é de que haja uma redução da incerteza política daqui para frente. O BoK, contudo, está preparado para reagir a qualquer cenário, de acordo com ele.