Preços de novas casas na China voltam a cair em setembro

Preços caíram 0,2% na comparação mensal, ante retração de 0,3% em agosto; numa base anual, preços recuaram 0,1%, mantendo o ritmo

Roberto de Lira

Representação do mercado imobiliário da China (Foto: Shutterstock)
Representação do mercado imobiliário da China (Foto: Shutterstock)

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Os preços médios das novas casas nas 70 principais cidades da China caíram 0,1% em termos anuais em setembro, mantendo assim o mesmo ritmo pelo terceiro mês consecutivo, segundo cálculos da Refinitiv Eikon a partir de dados do escritório nacional de estatísticas chinês (NBS, na sigla em inglês). A procura no país permaneceu lenta enquanto Pequim continua os esforços para reverter uma prolongada crise imobiliária.

Numa base mensal, os preços das novas habitações caíram 0,2% em setembro, no terceiro mês consecutivo de queda, após uma retração de 0,3% em agosto, a mais elevada em 10 meses. Das 70 cidades incluídas nos dados de preços de casas, 54 relataram quedas nos preços no mês passado, acima das 52 em agosto.

Entre as maiores cidades chinesas, classificadas no chamado nível 1, os preços diminuíram tanto em Shenzhen (-3,0% ante -3,0% em agosto) como em Guangzhou (-1,7% ante -1,4%). Entretanto, os custos aumentaram a um ritmo mais suave em Chongqing (1,7% ante 1,8%), enquanto os de Tianjin permaneceram inalterados (0,6%).

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Por outro lado, os preços aumentaram a um ritmo mais rápido tanto em Pequim (2,9% ante 2,8%) como em Xangai (4,4% ante 4,1%).

Os preços das novas casas em 31 cidades de segundo nível e 35 cidades de terceiro nível caíram 0,3% em setembro em comparação com agosto.

A Reuters destaca que setembro e outubro são tradicionalmente meses de pico nas vendas de casas novas na China, com os promotores tradicionalmente oferecendo promoções e lançando novas propriedades no mercado.

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Incentivos

A China tem intensificado os esforços políticos para promover um desenvolvimento mais sólido do mercado imobiliário nos últimos meses. As medidas implementadas até agora incluem o corte das taxas de juros das hipotecas existentes para empréstimos para a primeira habitação e a flexibilização das regras hipotecárias.

As estatísticas de crédito de setembro mostraram um acréscimo mensal de mais de 100 bilhões de yuans (cerca de US$ 13,93 bilhões) em empréstimos para desenvolvimento imobiliário e hipotecas individuais.

“Os efeitos das políticas de apoio serão desencadeados gradualmente e produzirão impactos positivos no setor”, disse Sheng Laiyun, vice-diretor do NBS, durante uma conferência de imprensa na quarta-feira. “Leva tempo para que as políticas entrem em vigor, uma vez que o setor imobiliário está em processo de ajustamento”, explicou.