Poupança dos americanos ficou muito mais forte após revisão de dados do PIB

Mudança foi em relação às estimativas do valor da renda que as pessoas acumularam antes da pandemia.

Estadão Conteúdo

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Os americanos não pouparam tanto quanto se imaginava antes da pandemia. Isso fez com que a quantia de dinheiro que eles guardaram desde o início do surto de covid-19 tenha se tornado ainda mais impressionante.

Em conjunto com a última estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, o Departamento do Comércio dos EUA divulgou nesta quinta-feira, 28, revisões de referência dos dados que utiliza em muitos dos seus relatórios econômicos. Uma mudança: as estimativas do valor da renda que as pessoas acumularam antes da pandemia. Antes dessa quinta-feira, as leituras sobre a poupança como parcela da renda após pagamento de impostos eram em média de 7,7% ao longo dos quatro anos encerrados no quarto trimestre de 2019. Agora, a taxa média de poupança durante esse período foi estimada em 6,2%.

Isto altera o cálculo que alguns economistas têm usado para descobrir quanto de “excedente de poupança” resta nos balanços das famílias – isto é, a poupança além do que se poderia esperar que as pessoas tivessem sem a crise de covid-19. No início da pandemia, a poupança aumentou muito acima da linha de tendência, à medida que a combinação do apoio governamental e redução de despesas forrou as contas bancárias. Posteriormente, à medida que o apoio foi sendo retirado e a economia reabriu gradualmente, as pessoas pouparam menos.

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Agora, a linha de tendência do ritmo de poupança pré-pandemia parece mais baixa. Portanto, a quantidade de poupança excedente que resta parece muito mais elevada. Um cálculo aproximado antes das revisões desta quinta-feira mostrou que havia cerca de US$ 346 bilhões em poupança excedente remanescente no final do segundo trimestre, em relação à tendência que prevaleceu ao longo dos quatro anos encerrados em 2019. Mas depois das revisões dessa quinta-feira, esse número salta para cerca de US$ 1,3 bilhão.

Os dados econômicos estão sempre sujeitos a revisões e a forma como são agrupados ou interpretados pode fazer uma grande diferença. Mas o resultado final parece ser que os consumidores americanos estão em muito melhor situação do que antes da pandemia.