PMI da indústria na zona do euro cai para 48,5 em fevereiro, em linha com as projeções

Dos oito países da área da moeda única monitorados pela pesquisa, quatro registraram tiveram alta no PMI: Itália, Grécia, Irlanda e Espanha

Roberto de Lira

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O índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro teve uma ligeira queda em fevereiro, de 48,8 em janeiro para 48,5 no mês passado, informou nesta quarta-feira (1) a S&P Global. O resultado veio em linha com o consenso Refinitiv, que apontava para 48,5 no mês.

Dos oito países da área da moeda única monitorados pela pesquisa – que respondem por cerca de 89% da atividade manufatureira total – quatro registraram PMIs industriais em território de expansão: Itália, Grécia, Irlanda e Espanha.

Os produtores de bens italianos disseram na pesquisa que observaram no mês melhora nas condições operacionais, com seu PMI subindo para o maior nível em dez meses (52,0). A Grécia registrou uma recuperação de força semelhante, com os 51,7 representando o melhor patamar em nove meses. Na Espanha, o 50,8 foi o mais alto em oito meses e a Irlanda, com 51,3, teve o melhor PMI em quatro meses.

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Por outro lado, perderam força os PMIs da Alemanha, com 46,3 (o mais baixo em três meses), da Holanda, com 48,7 (o menor em dois meses), da França, com 47,4 (mais fraco em quatro meses) e da Áustria, com 47,1 (menor em três meses). Alemanha e França são considerados o “núcleo” do PMI da área do euro.

Segundo a S&P Global, os gerentes de compras disseram na pesquisa houve um alívio considerável das pressões da cadeia de suprimentos, mas os estoques de pré-produção sinalizaram a queda mais acentuada desde maio de 2021.

Segundo Chris Williamson, economista chefe S&P Global Market Intelligence, as entradas de novos pedidos continuaram caindo a uma taxa acentuada, refletindo a demanda fraca e persistente, já que os gastos dos clientes permaneceram moderados. “As políticas de redução de estoques também levaram à queda na demanda por insumos manufaturados”, disse.

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Ele apontou que a combinação de oferta melhor e demanda fraca sustentada – bem como preços de energia mais baixos – está ajudando a reduzir drasticamente as pressões inflacionárias, com os custos de insumos de matérias-primas subindo pouco em fevereiro.