PMI da construção na zona do euro volta a cair em julho e acumula 15 meses de contração

Índice de gerentes de compras recuou de 44,2 em junho para 43,5 em julho; Alemanha, França e Itália tiveram outro mês fraco

Roberto de Lira

Bandeira da União Europeia

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor da construção na zona do euro recuou de 44,2 em junho para 43,5 em julho, sinalizando um declínio acentuado e acelerado na atividade geral, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (4) pela S&P Global em parceria com o banco HCOB. O ritmo de contração foi o mais acentuado no acumulado do ano, e ampliou a atual sequência para 15 meses abaixo do patamar de 50,0, a fronteira entre a retração e a expansão.

Segundo a pesquisa do HCOB, a redução em julho foi causada pela fraca entrada de novos pedidos. Como resultado, as empresas reduziram novamente suas atividades de compras e ajustaram para baixo seus números de força de trabalho.

Em contrapartida, a demanda mais fraca por insumos contribuiu para a melhora mais acentuada nos prazos de entrega dos fornecedores desde março de 2009, o que ajudou a aliviar a pressão de custos.

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Dados subjacentes revelaram que as construtoras na Alemanha tiveram declínio mais acentuado na atividade em julho. As construtoras francesas também registraram uma queda acentuada nos níveis de atividade no período mais recente da pesquisa, a segunda pior do ano. Na Itália, a atividade de construção diminuiu em um ritmo ligeiramente mais rápido, mas ainda considerado moderado.

Como tem acontecido desde maio de 2022, todas as três grandes áreas do setor de construção da zona do euro registraram atividade mais baixa em julho. Liderando a desaceleração, houve uma queda rápida na construção de residências, a mais severa desde abril de 2020. O setor comercial caiu à taxa mais acentuada em sete meses, enquanto a atividade de engenharia civil contraiu em um ritmo sólido que pouco mudou em relação a junho.