PIX é mais um instrumento para reduzir o volume do caro papel-moeda, diz BC

Dinheiro em espécie, segundo diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, tem alto custo para a instituição e para os bancos

Estadão Conteúdo

Ilustração (Pollyana Ventura/Getty Images)

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O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, disse nesta quarta-feira que o PIX – sistema de pagamento instantâneo do BC – será mais um instrumento para reduzir o volume de papel-moeda em circulação no país. O uso de dinheiro em espécie, segundo ele, tem alto custo para a instituição e para os bancos.

“O papel-moeda é caro para autoridade monetária e para sistema financeiro. Transportar papel-moeda em um país continental é caríssimo, estimamos um gasto de cerca de R$ 10 bilhões por ano com empresas de transporte de valores, sem contabilizar outros custos de segurança pública”, afirmou, em participação no evento C4 Virtual Experience, organizado pela Blueprintt.

Mello lembrou que foi precisou lançar uma nova cédula de R$ 200 no começo de setembro para suprir a demanda por papel-moeda na pandemia, especialmente devido ao pagamento do auxílio emergencial pelo governo a desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de programas sociais.

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“O BC não vai se furtar a ofertar moeda quando houver demanda social, como ocorreu durante a pandemia. Mas a ideia no médio e longo prazo é processo contínuo de digitalização e substituição de papel-moeda. O PIX é mais um instrumento nessa direção”, completou.

Serão impressas neste ano 450 milhões de unidades da nota de R$ 200. De acordo com o BC, o custo de produção da nova nota é de R$ 325 por mil cédulas. Para comparação, a cédula de R$ 100 custa R$ 280 a cada mil notas produzidas.

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