PIB dos EUA avança 2,6% no 3° trimestre, acima do esperado

Consenso Refinitiv apontava para alta de 2,4% no período; atividade refletiu altas nas exportações e gastos do consumidor

Roberto de Lira

(Shutterstock)

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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos aumentou a uma taxa anual de 2,6% no terceiro trimestre de 2022, em contraste com uma queda de 0,6% no segundo trimestre, segundo estimativa divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Departamento do Comércio. O dado veio acima do esperado pelo mercado, uma vez que o consenso Refinitiv apontava para alta de 2,4% no período.

Segundo o Departamento, o aumento no terceiro trimestre refletiu principalmente altas nas exportações e gastos do consumidor que foram parcialmente compensados ​​por uma diminuição no investimento em habitação.

O aumento das exportações ocorreu tanto nos bens como nos serviços. Nas exportações de bens, as principais contribuições vieram de insumos e materiais industriais (principalmente petróleo e produtos, bem como outros bens não duráveis) e bens de capital não automotivos.

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Nas exportações de serviços, o aumento foi liderado por viagens e “outros” serviços empresariais (principalmente serviços financeiros).

Nas despesas de consumo, o aumento dos serviços (liderados por cuidados de saúde e “outros” serviços) foi parcialmente compensado por uma diminuição dos bens (liderados por veículos automóveis e peças, bem como alimentos e bebidas). No investimento fixo não residencial, os aumentos em equipamentos e produtos de propriedade intelectual foram parcialmente compensados ​​por uma diminuição nas estruturas. O aumento dos gastos do governo federal foi liderado pela área de defesa.

No investimento fixo residencial, as principais contribuições para a diminuição foram as novas construções de famílias únicas e as comissões de corretores.

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Já a diminuição no investimento em estoque privado refletiu principalmente uma diminuição no comércio varejista (liderada por “outros” varejistas).

Nas importações, a diminuição das importações de bens (nomeadamente bens de consumo) foi parcialmente compensada por um aumento das importações de serviços (principalmente viagens).