PIB da Alemanha cresce 0,2% no 1º trimestre, mas consumo decepciona

As exportações e a formação de capital apoiaram o desempenho econômico no período, mas, apesar da inflação em queda, a despesa de consumo final das famílias não se recuperou no trimestre

Roberto de Lira

Àrea de construção em Frankfurt, na Alemanha (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)

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O produtor interno bruto (PIB) da Alemanha cresceu 0,2% no 1º trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, informou nesta sexta-feira (24) o Destatis, o departamento de estatísticas do país. O dado confirmou tanto a prévia divulgada no final de abril como a projeção do consenso LSEG de analistas.

Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a economia alemã contraiu 0,2%.

“Depois da queda do PIB no final de 2023, a economia alemã começou 2024 com crescimento positivo”, diz Ruth Brand, presidente do escritório federa.

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As exportações e a formação de capital apoiaram o desempenho econômico no período. Mas, mas apesar da inflação em queda, a despesa de consumo final das famílias não se recuperou no primeiro trimestre do ano. A queda foi de 0,4% em relação ao trimestre anterior.

A despesa de consumo final do governo também foi 0,4% menor do que no trimestre anterior.

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Por outro lado, o investimento subiu em relação ao 4º trimestre do ano passado. No geral, a formação bruta de capital fixo (FBCF) no início do ano subiu 1,2% em relação ao trimestre anterior.

 Após um segundo semestre fraco em 2023, a formação bruta de capital fixo na construção aumentou significativamente (2,7%) no 1º trimestre deste ano. Por outro lado, a FBCF em máquinas e equipamentos caiu ligeiramente (-0,2%).

Contribuições positivas também vieram do comércio exterior: no 1º trimestre de 2024, as exportações totais de bens e serviços subiram 1,1% em relação ao 4º  trimestre de 2023.

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Esse resultado deveu-se sobretudo ao aumento das exportações de bens (+2,1%), enquanto menos serviços foram exportados do que no trimestre anterior (-2,9%).

O crescimento trimestral das importações foi menos acentuado (+0,6%). Assim como nas exportações, as importações de bens aumentaram (+2,1%), enquanto as importações de serviços diminuíram (-3,7%).