Peru está em alerta para novos protestos contra o Congresso e a presidente Dina Boluarte

Em dezembro, após tentativa de golpe pelo ex-presidente Pedro Castillo, 28 pessoas morreram na repressão aos protestos

Roberto de Lira

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Após uma trégua no final do ano, organizações sociais e sindicatos no Peru prometer retomar hoje protestos contra o atual Congresso da República e pela renúncia da presidente Dina Boluarte. A crise política no país começou em 7 de dezembro, quando o presidente Pedro Castillo tentou um golpe de Estado, anunciando o fechamento do Congresso, No mesmo dia, ele foi deposto pelos parlamentares e foi preso ao tentar se refugar na embaixada do México.

Na sequência, apoiadores do ex-presidente passaram a realizar protestos, bloqueando rodovias no interior e avenidas na grandes cidade. Os atos de vandalismo e a repressão policial levaram a uma saldo de 28 mortes até o dia 20.

Em meio ao turbilhão político, o Congresso votou a antecipação das eleições gerais para 2024, mas os manifestantes ainda exigem as mudanças de maneira imediata. Boluarte, que era vice de Castillo, tem feito apelos por pacificação no país e para que sejam evitadas greves e bloqueios.

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O presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola, anunciou ontem que o Poder Executivo “não terá contemplações” com os aquele que desejam conspirar contra o sistema democrático e a tranquilidade dos peruanos. Segundo ele, os grupos mais violentos são uma minoria financiada pelo narcotráfico e pelo garimpo ilegal. Ele prometeu identificar e processar essas pessoas.

Embora não tenha havido notícias nessa manhã de novos bloqueios de estradas, empresas de transporte urbano e rodoviário paralisaram temporariamente suas operações, temendo atos de vandalismo. O turismo na região de Machu Picchu foi afetado.