Páscoa tem chocolate e bacalhau mais em conta este ano, mostram pesquisas

Estudos da XP e do Procon-SP mostram preços de chocolates em barra, bombons e o quilo do ovo de Páscoa com inflação inferior à do ano passado; preço do bacalhau está estável, mas azeite subiu forte

Roberto de Lira

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Os preços de produtos ligados à Pascoa estão menos amargos neste ano do que em 2023, segundo pesquisas divulgadas nesta segunda-feira (25). Um estudo da XP mostra que os consumidores vão gastar até 3,63% a mais em chocolates em barra e bombons neste ano. Isso é bem menos que a alta de 10,7% observada no mesmo período do ano passado.

A variação específica desses produtos também é inferior ao IPCA acumulado em 12 meses até fevereiro, que foi de 4,50%, segundo o IBGE.

O levantamento da XP foi feito com base na variação do IPCA e não inclui os preços dos ovos de Páscoa na cesta de produtos analisados.

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Mas, segundo pesquisa do Procon-SP também divulgada hoje, o quilo dos ovos de chocolate – sem marca específica – na cidade de São Paulo teve uma queda média de -15,52% (de R$ 318,26 para R$ 268,87) entre março de 2023 e fevereiro de 2024, usando como base o IPC-Fipe.

Alexandre Maluf, economista da XP, explica que, além do aumento da demanda, que pressiona os preços na data comemorativa, outros fatores, como o preço do cacau, influenciam no preço final desses produtos.

Ele lembra que o aumento de preços em produtos como achocolatados, barras de chocolates e bombons é fortemente influenciado pelo aumento do valor do cacau no mercado internacional. E que vinha sendo impulsionado pela quebra de safra nos países produtores, principalmente na África.

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“Nos últimos dois anos, no entanto, a alta de preços do chocolate foi ainda maior por conta de um dos ingredientes: o açúcar, que foi impactado pela quebra da safra nos Estados Unidos com reflexos globais na cadeia de produção”, destaca. 

Comparação

Para encontrar preços mais em conta, o Procon-SP orienta aos consumidores que façam uma comparação entre os preços praticados por diferentes estabelecimentos, ainda que em lojas virtuais, considerando a relação qualidade, peso e preço do item a ser adquirido.

“Nas lojas virtuais, é fundamental também comparar o preço do frete. Produtos licenciados com personagens em geral têm um preço mais elevado, em face do repasse do custo deste licenciamento”, diz o órgão de defesa do consumidor.

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Segundo o Procon, na cidade São Paulo, era possível encontra um Ovo de Páscoa Arcor Bon Bon – Morango, de 150g, com preços entre R$26,98 e R$69,90 nos supermercados da cidade entre os dias 11 a 13 de março. Já a Colomba Pascal Visconti Gotas de chocolate, de 360g, tinha preços entre R$14,98e R$29,99

Almoço de Páscoa

Para o almoço de Páscoa, no entanto, os preços tiveram variação diferenciada, segundo a XP. O bacalhau, um dos itens tradicionais da época, manteve o preço praticamente estável (0,46%) em relação ao ano passado, enquanto os pescados de maneira geral subiram 2,68%.

Mas o preço do azeite, também ingrediente básico para receita, está 40,7% mais caro em 2024. E por uma combinação de fatores, com destaque para os efeitos do fenômeno climático El Niño na Europa.

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Outros itens importantes em queda na “cesta de Páscoa” são o óleo de soja (-22,73%), carnes (-7,95%) e margarina (-8,43%). 

Entre as altas, destacam-se açúcar refinado (13,92%), açúcar cristal (7,51%), sorvete (10,43%) e bebidas alcóolicas, exceto cerveja e vinho (11,27%).