Partido Republicano confirma maioria na Câmara, em revés para Biden

Partido de oposição ao presidente americano atingiu 218 cadeiras, mínimo necessário para conseguir a maioria e obstruir propostas do governo

Roberto de Lira

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O Partido Republicano confirmou na noite de ontem (16) o domínio da Câmara no Congresso dos Estados Unidos, após mais de uma semana de apuração de votos da eleição de meio de mandato (“midterms”)  ocorrida no dia 8. “A era do partido único em Washington acabou”, disse ontem o ainda líder da minoria, deputado Kevin McCarthy.

O partido de oposição atingiu 218 cadeiras, o mínimo necessário para conseguir a maioria e iniciar um período que deve ser marcado por obstruções de propostas do governo democrata de Joe Biden, além de uma série de investigações prometida que podem minar ainda amais sua já abalada popularidade.

A confirmação da vitória dos republicanos na Casa veio após órgãos de comunicação como a CNN e a AP finalmente projetarem a eleição de Mike Garcia na Califórnia, encerrando dois anos de domínio democrata. Também houve confirmação da reeleição de Lauren Boebert, no estado do Colorado, e de Katie Porter, na Califórnia, que lideravam a apuração, mas com margem muito apertada para uma definição. Ainda faltam seis cadeiras em disputa, mas o Partido Democrata, hoje com 211 cadeiras, não pode mais ultrapassar o concorrente.

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Se os democratas perderam a Câmara, pelo menos mantiveram o controle do Senado, com a garantia de 50 cadeiras das 100 e possibilidade de conquistar mais uma num segundo turno na Georgia no dia 6 de novembro. Mesmo que não consiga reeleger o reverendo Raphael Warnock para a casa legislativa, a situação voltaria para um empate de 50 a 50 na casa. E a vice-presidente Kamala Harris pode dar o desempate em votações muito polêmicas.

Segundo a imprensa local, o controle republicano da Câmara pode afetar uma série de políticas do governo Biden, incluindo dos EUA à Ucrânia na guerra contra a Rússia. Também devem ser reabertas discussões sobre gastos do governo, impostos, atuação da Receita Federal e a perspectiva de aumento do teto da dívida federal. A política de combate à imigração ilegal mais branda também deve sofrer alterações.

Tudo isso há dois anos da eleição de 2024, com os republicanos já se movimentando para a disputa. Na terça-feira (15), por exemplo, Donald Trump se lançou como pré-candidato, enquanto especialistas e cientistas políticos apostam que o governador da Flórida, Ronald DeSantis, terá boas chances na corrida.

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(Com agências)