Partido Conservador espera por nomeações de candidatos a primeiro-ministro até segunda-feira

Prazo começou ontem à noite e candidatos precisam do apoio de, no mínimo, 100 parlamentares para concorrer ao cargo, que terá votação online

Roberto de Lira

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O Partido Conservador abriu oficialmente na noite de quinta-feira (20) o período para receber indicações dos candidatos interessados em substituir a primeira-ministra Liz Truss, que renunciou ao cargo ontem.

Os nomes precisam receber o apoio de, no mínimo, 100 parlamentares, e as indicações devem ser feitas até as 14 horas (horário local) da próxima segunda-feira (24), para que o partido possa definir dois finalistas. A menos que aconteça um consenso antes da realização de uma eleição online agendas para a sexta-feira (28).

O limite mínimo de 100 representantes dos conservadores acaba por limitar a três candidatos, no máximo, a disputa pelo cargo, uma vez que o Partido possui 357 cadeiras na Câmara dos Comuns.

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Segundo a imprensa britânica, os dois favoritos à disputa continuam sendo o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak e o ex-primeiro-ministro Boris Johnson, com a ex-secretária de Defesa Penny Mordaunt correndo por fora.

Sunak recebeu o apoio formal de dois ex-integrantes do gabinete, Liam Fox and Gavin Williamson. Mordaunt, por sua vez, está fazendo sondagens com seus colegas de partido para medir o potencial de seu nome na disputa.

O atual secretário de Defesa, Ben Wallace, que teve o nome cogitado desde ontem, escreveu em seu Twitter nesta sexta-feira (21) que não se inscreverá para a disputa desta vez. “Sinto que posso ter melhor valor em manter as pessoas seguras sendo o secretário de Defesa”, escreveu. Ele acrescentou que, nesse momento, se inclina em apoiar o retorno de Johnson, por uma questão de “legitimidade” junto à opinião pública.

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Enquanto isso, o caos político e econômico está cobrando seu preço na credibilidade do Partido Conservador. Se houvesse uma eleição geral hoje, diz uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira, o Partido Trabalhista venceria os “Tories” com uma vantagem de 39 pontos porcentuais (53% a 14%). Esse é considerado o mais baixo nível de apoio da história.