Para Casa Branca, dívida fiscal e cortes de impostos devem mitigar efeitos de tarifas

"O que quero dizer aos investidores é para não entrarem em pânico", afirmou Peter Navarro, conselheiro sênior para o Comércio

Estadão Conteúdo

O conselheiro sênior de comércio Peter Navarro fala ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca, no dia em que Trump assina ordens executivas para tarifas recíprocas, em Washington, D.C., EUA, 13 de fevereiro de 2025. REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de Arquivo
O conselheiro sênior de comércio Peter Navarro fala ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca, no dia em que Trump assina ordens executivas para tarifas recíprocas, em Washington, D.C., EUA, 13 de fevereiro de 2025. REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de Arquivo

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O conselheiro sênior para o Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, defendeu que a redução da dívida fiscal dos EUA e os cortes de impostos planejados pelo governo do presidente norte-americano, Donald Trump, devem mitigar eventuais efeitos negativos de tarifas. Na visão dele, o equilíbrio deverá ser o suficiente para evitar uma recessão nos Estados Unidos e na economia global.

“O que quero dizer aos investidores é para não entrarem em pânico”, afirmou Navarro, em entrevista à CNBC nesta segunda-feira (7), acrescentando que os mercados financeiros devem encontrar o seu “piso” rapidamente. “Vamos ter recuperação do S&P 500.”

O conselheiro da Casa Branca apontou que as tarifas devem financiar os maiores cortes de impostos da história dos EUA, previstos para entrar em vigor daqui a alguns meses, e ajudar a resolver a “emergência nacional” provocada pelo alto nível de déficit das contas públicas americanas.

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“Conversas sobre recessão global são bobas. Vivemos apenas uma reestruturação da economia global, em que China e outros países terão que se adaptar”, disse ele.

Zerar tarifas contra produtos dos EUA não será suficiente retirada de tarifas recíprocas

O conselheiro sênior para o Comércio da Casa Branca afirmou também que zerar tarifas contra produtos dos EUA, como anunciado pelo Vietnã, não será o suficiente para que o governo Trump retire as tarifas recíprocas. “O Vietnã dizer que vai zerar as tarifas não significa nada para nós”, disse.

Navarro afirmou que países que desejam negociar a redução das tarifas recíprocas precisam eliminar barreiras comerciais não-tarifárias.

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No caso do Vietnã, o conselheiro citou como preocupação o grande fluxo de bens e alimentos vindos da China.

Já a União Europeia (UE), por exemplo, teria que interromper vetos e diminuir tarifas sobre produtos norte-americanos.

“Queremos justiça. E Trump está sempre disposto a ouvir ofertas de outros países”, garantiu Navarro.

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