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Associações de agentes de viagens na Índia e na Tailândia — países que lutam contra um aumento nos casos de Covid-19 — alertaram o público contra as operadoras que anunciam viagens ao exterior para se vacinar, dizendo que pode haver custos ocultos.
Anúncios de viagens para obter a vacina, principalmente para os EUA, surgiram nas redes sociais na Índia, apesar de restrições que tornam viagens internacionais quase impossíveis. Na Tailândia o número de pacotes turísticos que oferecem a chance de entrar na fila de vacinação no exterior também cresce.
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“Não é ilegal ir para os EUA, viajar é absolutamente uma opção sua”, disse Jyoti Mayal, presidente da Travel Agents Association of India. “Como associação, nosso conselho é verificar a credibilidade do agente, verificar todos os documentos e seguir em frente.”
Gem Tours & Travels Unip, sediada em Mumbai, coletou nomes de 5.000 pessoas interessadas em ficar por três dias em Nova York para tomar a primeira dose da vacina e fazer outra viagem para receber a segunda dose depois de várias semanas, com custo cerca de 150.000 rúpias (US$ 2.000) por viagem.
Outra operadora, a Arabian Nights Tours, com sede em Dubai, está anunciando “uma viagem para vacinação e felicidade” na Rússia. A partir de US$ 1.780, o pacote inclui passagens de ida e volta de Delhi a Moscou, 24 noites de hospedagem em São Petersburgo e na capital russa e duas doses da vacina Sputnik. Embora as taxas de “suporte para visto” estejam incluídas, o custo do visto não está. Há também a chance de a Rússia fechar fronteiras com a Índia, fator que a operadora de turismo diz não ter responsabilidade, segundo a mídia local.
A Tailândia também tem anúncios de turismo de vacina para os Estados Unidos e a Rússia. Uma operadora de Bangkok está oferecendo viagens que variam de US$ 2.400 a US$ 6.400 para São Francisco, Nova York e Los Angeles, com preços que dependem do intervalo de tempo entre as doses e a marca da vacina. Johnson & Johnson’s tem apenas uma dose e, portanto, exigiria uma estadia mais curta.
Muitos dos pacotes tailandeses não incluem despesas de visto, passagens aéreas, refeições ou o custo de uma quarentena, se necessária. As operadoras de turismo também não são responsáveis caso viajantes fiquem doentes por efeitos colaterais da vacina, segundo Suthiphong Pheunphiphop, presidente da Thai Travel Agents Association.
Outra questão é se as viagens são mesmo práticas, considerando o fechamento de fronteiras. A Índia, por exemplo, suspendeu voos comerciais internacionais até 31 de maio e, no início deste mês, os EUA proibiram a maior parte das viagens da Índia, embora a restrição não se aplique a cidadãos americanos ou residentes permanentes.
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