“Paciência”, diz Bolsonaro sobre Brasil poder perder voto na ONU por dívida

"Não estou preocupado com isso. Estou preocupado com o Brasil. Muitas das decisões da ONU não interessam para a gente", disse

Estadão Conteúdo

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 10, que não há preocupação sobre o Brasil perder voto na Organização das Nações Unidas (ONU) por não quitar em 2019 parte de sua dívida com a entidade. A dívida do país com a ONU alcança US$ 415,9 milhões – segundo maior devedor.

“Não estou preocupado com isso. Estou preocupado com o Brasil. Muitas das decisões da ONU não interessam para a gente. A gente sabe que está politizado esse negócio”, disse Bolsonaro.

Questionado novamente sobre possível perda do voto no organismo multilateral, Bolsonaro deu uma curta resposta: “Paciência.”

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O jornal O Estado de S. Paulo revelou na última semana que a equipe econômica discute a liberação de R$ 1 bilhão ainda em 2019 para quitar dívidas com entidades internacionais, como a ONU. “R$ 1 bilhão? Tudo isso?”, questionou Bolsonaro em entrevista à imprensa em frente ao Palácio da Alvorada.

A medida é tratada como urgente dentro do governo para evitar o desgaste de perder o voto em discussões destas organizações ou até rebaixar a nota de bancos internacionais que têm o Brasil como importante acionista.

Ao pedir recursos ao Ministério da Economia, o secretário-geral das Relações Exteriores, diz Otávio Brandelli, afirma que Jair Bolsonaro fez um discurso “histórico” na Assembleia-Geral da ONU. “Posicionou o Brasil na vanguarda do esforço para recuperar a vocação original da ONU como espaço que congrega nações soberanas”, escreveu Brandelli.

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Segundo nota técnica do Ministério da Economia assinada em 29 de novembro, além de pagar parte do débito com a ONU, o governo pretende em 2019 acertar contas com as seguintes entidades:

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