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BRASÍLIA (Reuters) – Próximo do desabastecimento de medicamentos para intubação, o governo brasileiro começa a ir ao mercado internacional tentar a aquisição dos insumos com urgência e já obteve a ajuda da Organização Panamericana de Saúde (Opas) no esforço para viabilizar rapidamente compras internacionais.
De acordo com o vice-diretor da instituição, Jarbas Barbosa, a Opas já está em busca de fornecedores para os medicamentos do chamado kit intubação, que então podem ser comprados pelo Brasil através do fundo estratégico da organização.
O fundo, que unifica compras para conseguir melhores valores e repassa os remédios para os países da região, é muito usado pelo Brasil para compra de antirretrovirais para Aids e, segundo Barbosa, já fez compra de medicamentos usados para intubação em outras ocasiões.
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“Sabendo da dificuldade do país, hoje já estamos buscando alternativas de fornecimento com produtores internacionais”, disse Barbosa à Reuters.
Em uma reunião com a representante da Opas no Brasil, Socorro Gross, nesse final de semana, a organização foi informada das dificuldades e já começou os contatos com empresas produtoras.
Em nota nesta segunda, o Ministério da Saúde informou que de fato pretende buscar aquisições internacionais via Opas.
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No entanto, apesar de não estar nas estratégias listadas pelo ministério, o governo brasileiro também instruiu seus embaixadores para que fossem em busca de medicamentos e equipamentos em alguns países que produzem alternativas que possam ser importadas rapidamente pelo Brasil, conforme confirmaram à Reuters dois diplomatas envolvidos no assunto.
O pedido chegou às embaixadas com urgência nesse final de semana para que os diplomatas procurassem fornecedores dispostos a fazer entregas imediatas de medicamentos como o midazolam, propofol e fentanila, usados para sedar e relaxar os pacientes que precisam de intubação.
Em pelo menos um dos países os contatos com fornecedores já foram feitos e existe a possibilidade de importação, mas as informações serão repassadas ao Ministério da Saúde para que possa agir.
O Ministério da Saúde informou nesta segunda que marcou reuniões com empresas fornecedoras no Brasil para conhecer a situação da produção nacional e possivelmente requisitar estoques que ainda não tenham venda prevista em contratos.
Na semana passada, em carta ao presidente Jair Bolsonaro, o Fórum de Governadores advertiu que na maior parte dos Estados os medicamentos podem durar no máximo 20 dias e os governadores não estão encontrando mais estoques para comprar. Além disso, devido à demanda os preços dispararam nos últimos meses.
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