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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, um termômetro da atividade empresarial do setor privado, avançou de 50,2 em julho para 51,2 em agosto, interrompendo assim uma sequência de dois meses de queda.
A recuperação se deu no segmento de serviços, enquanto o indicador industrial continuou fraco, informou a pesquisa da S&P Global, em parceria com o banco HCOB.
O PMI de serviços avançou de 51,9 para 53,3 entre julho e agosto, chegando ao seu patamar mais alto em quatro meses, enquanto o índice industrial caiu de 45,8 para 45,6 na mesma comparação.
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Segundo a pesquisa, um fator chave por trás do aumento mais forte na atividade empresarial da zona do euro em agosto foi a expansão renovada na França, onde a produção aumentou na maior extensão em quase um ano e meio.
O PMI composto da França avançou de 49,1 em julho para 52,7 em agosto, chegando ao maior nível em 17 meses, sendo que o indicador de serviços passou de 50,1 para 55,0, nível mais alto em 27 meses. Porém, o índice industrial recuou de 44,0 para 42,1, o mais baixo em 8 meses.
Em contraste, o quadro na Alemanha permaneceu moderado, com a atividade diminuindo pelo segundo mês consecutivo, e em um ritmo mais acentuado.
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Enquanto isso, o resto da zona do euro continuou a ver a produção aumentar na metade do terceiro trimestre.
Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, comentou em nota que, apesar da alta do índice composto em agosto, um olhar mais atento aos números revela que os fundamentos subjacentes podem ser mais instáveis do que parecem.
“O impulso vem em grande parte de um aumento na atividade de serviços na França, com o PMI saltando quase cinco pontos, provavelmente ligado ao burburinho em torno dos Jogos Olímpicos em Paris. É duvidoso que esse ímpeto se mantenha nos próximos meses, no entanto”, alertou.
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Para o economista, há uma história de dois mundos. “O setor de manufatura continua atolado em recessão, enquanto o setor de serviços ainda parece estar crescendo a um ritmo decente. Mas com o impulso olímpico temporário na França desaparecendo e sinais de diminuição da confiança em todo o setor de serviços da zona do euro, é provável que seja apenas uma questão de tempo até que as dificuldades do setor de manufatura comecem a pesar sobre os serviços também”, afirmou.