“Não dei pito”, diz Luiza Trajano, sobre conversa com Campos Neto em junho sobre juros

"Não dei pito; elogiei o PIX e coloquei que juros tinham de baixar, apenas", pontuou Luiza à Globonews.

Estadão Conteúdo

(Crédito: Nilton Fukuda/ Agência Estado)

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A empresária Luiza Helena Trajano, líder no setor varejista com a rede de lojas Magalu (MGLU3), afirmou nesta quinta-feira, 24, que “não deu pito” no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao criticar pessoalmente a taxa básica de juros (Selic) durante encontro do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) ocorrido em junho, mas que apenas colocou que a taxa deveria baixar.

“Não dei pito; elogiei o PIX e coloquei que juros tinham de baixar, apenas”, pontuou Luiza à Globonews. “A partir de março tive a certeza que poderia abaixar o juros, porque um país em desenvolvimento vive de duas coisas: renda e crédito”, explicou a empresária. “Estamos com economia estabilizada de inflação, então não tem porquê manter os juros. Principalmente para o empresário, porque não tem crédito”, enfatizou.

Na ocasião, a presidente do Conselho de Administração do Magalu afirmou que “queria pedir, em nome dos brasileiros, para dar um sinal de queda nos juros”. “E não é de 0,25 ponto, precisamos de mais”, destacou no evento. Campos Neto, então, respondeu que voltaria ao encontro dentro de um ano e que estava certo de que a variação seria positiva, ao que Luiza retrucou dizendo que haveria “muita gente quebrada já”.

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Na entrevista, a empresária também afirmou que a taxa Selic elevada não afeta apenas o crescimento do varejo, mas de toda a cadeia produtiva. “Estamos esperando e já começou a dar sinais de melhora. A partir de setembro ou outubro já se espera um trimestre muito melhor”, disse.

Ela aproveitou para criticar a carga tributária sobre o empresariado, dizendo que “não pagar imposto, para o empresário, é ótimo”, e que “além de impostos, temos burocracia que leva 3% a 4% das despesas da empresa”.

Luiza elogiou os esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em buscar alternativas para agradar consumidor e empresário, e avaliou que a proposta de taxação de compras internacionais em e-commerce foi abafada por conta do peso da opinião pública.