Mudança climática pode custar até US$ 25 trilhões à habitação global, diz Economist

Cerca de 9% do valor dos imóveis residenciais do mundo está sob ameaça do aquecimento global; a revista The Economist pergunta nesta semana quem vai acabar pagando a conta

Equipe InfoMoney

Capa da revista The Economist desta semana (Reprodução)

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As mudanças climáticas e a luta para combatê-las podem consumir 9% do valor da habitação no mundo até 2050, o equivalente a US$ 25 trilhões, segundo a reportagem de capa da revista semanal The Economist. A publicação lembra que essa conta é um pouco menor que o PIB dos Estados Unidos. A dúvida, segundo a publicação é sobre quem pagará por isso.

A revista destaca que as bases da classe de ativos mais importante do mundo estão sendo abaladas por mudanças severas no clima, que têm elevado as emissões de gases do efeito estufa.

Os efeitos disso vão desde tornados que atingem os subúrbios do centro-oeste americano a pedras de granizo do tamanho de bolas de tênis quebrando os telhados de vilas italianas, o clima severo provocado pelas emissões de gases de efeito estufa está abalando as bases da classe de ativos mais importante do mundo.

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Quem pagará a conta?

A reportagem destaca que, entre os candidatos a pagar a conta, os proprietários de imóveis, ainda não perceberam os riscos, uma vez que os preços das casas ainda não mostram sinais de efeitos dos riscos climáticos. Já os contribuintes podem acabar tendo de socorrer proprietários endinheirados, com a criarão de incentivos úteis para adaptação à ameaça iminente.

Entre as seguradoras, no entanto, o seguro residencial está ficando mais caro à medida que o clima piora e os desastres naturais se tornam mais frequentes.

A revista lembra que os danos físicos podem ser evitados investindo em proteção nas próprias propriedades ou na infraestrutura. “O impacto total das alterações climáticas ainda está longe. Mas quanto mais cedo os formuladores de políticas puderem resolver essas questões, melhor”, conclui o texto.