Mesmo com exceções, tarifa de Trump ameaça indústria e empregos, alerta CNI

Entidade, no entanto, não considera a retaliação uma boa resposta, está organizando uma missão para os EUA; CNI sugeriu 8 propostas para enfrentar a crise

Lucas Gabriel Marins

Publicidade

As tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, apesar das 700 exceções, ainda devem reduzir a produção e ameaçar empregos, investimentos e contratos de longo prazo, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade, porém, não considera a retaliação uma boa resposta.

“A confirmação da aplicação da sobretaxa sobre os produtos brasileiros, ainda que com exceções, penaliza de forma significativa a indústria nacional, com impactos diretos sobre a competitividade. Não há justificativa técnica ou econômica para o aumento das tarifas, mas acreditamos que não é hora de retaliar”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Na quarta-feira (30), o presidente Donald Trump assinou assinou a ordem executiva que oficializou uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%, já que uma alíquota de 10% estava em vigor anteriormente. Entre os produtos afetados estão suco de laranja, petróleo e derivados, metais e peças de aeronaves.

FERRAMENTA GRATUITA

Simulador da XP

Saiba em 1 minuto quanto seu dinheiro pode render

A exclusão de alguns produtos da lista gerou alívio no mercado e impulsionou o Ibovespa, que subiu quase 1% ontem, fechando aos 133.989 pontos. Um dos destaques foi a Embraer (EMBR3), que disparou mais de 10%. As novas tarifas entram em vigor na próxima quarta-feira, 6 de agosto.

Missão nos EUA e dicas para 8 medidas para o governo

A CNI informou ainda que está organizando uma missão empresarial aos Estados Unidos para fortalecer as relações comerciais entre os setores privados dos dois países. O objetivo, segundo Alban, é “sensibilizar as empresas para que elas sensibilizem o governo”.

Além disso, a entidade entregou ao governo federal uma lista com 8 medidas prioritárias para enfrentar os impactos da tarifa. O documento, voltado a áreas como crédito, tributação, emprego e comércio exterior, foi encaminhado ao ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

As propostas são:

Continua depois da publicidade