Mercado vê PIB abaixo de 2% neste ano e reduz projeção para Selic em 2021, mostra Focus

Grupo “Top 5 médio prazo”, do Focus, já vê Selic em 3,5% em 2020 e em 5% no próximo ano

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – Em meio à escalada das preocupações com o impacto do coronavírus na economia mundial, o mercado financeiro vê agora um crescimento do PIB brasileiro abaixo de 2% neste ano e menor espaço para aumento da taxa básica de juros em 2021. É o que mostra o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (9).

A expectativa para a expansão do PIB em 2020 foi reduzida pela quarta vez consecutiva, desta vez de 2,17% para 1,99%. Para o próximo ano, contudo, a estimativa se manteve em um crescimento de 2,50%.

Ainda de acordo com o relatório, a previsão para a Selic foi revisada de 5,75% para 5,50% em 2021, mantendo-se estável em 4,25% a.a. neste ano até dezembro.

Com maior receio de uma desaceleração global por conta do vírus, o Federal Reserve, o banco central americano, cortou em 0,5 ponto percentual a taxa de juros do país na última semana, em decisão fora do encontro agendado, para a faixa de 1% a 1,25%. O corte emergencial de juros foi o primeiro desde a grande crise financeira de 2008.

Com a decisão americana, parte do mercado começou a embutir em seu cenário-base um novo corte na taxa básica de juros no Brasil já na próxima reunião, em 18 de março.

Entre os economistas que mais acertam as previsões, reunidos na categoria “Top 5” do relatório Focus, as estimativas para a Selic em 2020 e em 2021 já foram reduzidas.

Agora, o grupo “Top 5 médio prazo” projeta a Selic encerrando este ano em 3,50%, ante 4,25% anteriormente, e em 5,00%, em 2021, ante 5,75% na última semana.

Inflação

Com alta de 15,3% do dólar em 2020 em relação à moeda brasileira, a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi levemente elevada, de 3,19% para 3,20% em 2020, embora estável em 3,75% em 2021.

Já o grupo “Top 5 médio prazo” vê a inflação em 3,16%, em 2020, e em 3,73% ao ano em 2021, sem alterações com relação às expectativas divulgadas na semana anterior.

No que tange às previsões para o mercado cambial, o relatório Focus revelou que a estimativa para o dólar em 2020 se manteve em R$ 4,20, mas subiu de R$ 4,15 para R$ 4,20 no fim do próximo ano.

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