Mercado revisa previsão do PIB para cima pela 4ª semana seguida, com retração esperada de 5,77%

Os economistas ouvidos pela autoridade monetária preveem que o IPCA encerre o ano com alta de 1,67%, ante estimativa anterior de 1,72%

Mariana Zonta d'Ávila

(Getty Images)

SÃO PAULO – O mercado financeiro voltou a revisar, pela quarta semana consecutiva, suas estimativas para a contração da economia brasileira e agora vê uma queda menor, de 5,77% do PIB neste ano. Na semana anterior, a projeção era de retração de 5,95% da atividade, e de 6,54% no fim de junho. É o que mostra o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (27).

Após o forte impacto do coronavírus, a economia deve ter uma expansão de 3,50% em 2021, segundo os economistas consultados pela autoridade monetária – em linha com o estimado anteriormente.

De acordo com Roberto Campos Neto, presidente do BC, o fundo do poço da crise ocorreu em abril e no começo de maio. “O terceiro trimestre terá menos incerteza sobre o ritmo de atividade e o quarto trimestre, menos incerteza ainda”, afirmou na última semana, em videoconferência organizada pelo jornal “Valor Econômico”.

No que tange à inflação, os economistas ouvidos pela autoridade monetária preveem que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano com alta de 1,67%, ante estimativa anterior de 1,72%. Já no próximo ano, a inflação deve ter alta de 3,00%, a mesma projetada anteriormente.

Os demais indicadores, por sua vez, não tiveram alterações no levantamento desta semana.

As previsões para a taxa de câmbio se mantiveram as mesmas da semana passada, seguindo em R$ 5,20 para 2020, e em R$ 5,00, para 2021.

Em relação à Selic, a expectativa é de que a taxa básica de juros terá um corte residual de 0,25 ponto percentual em agosto, encerrando dezembro em 2,00% a.a., subindo para 3,00% ao ano em 2021.

Top 5

Entre os economistas ouvidos pelo Banco Central que mais acertam as previsões, reunidos no grupo “Top 5 médio prazo”, a estimativa para a taxa Selic teve queda de 2,00% para 1,88% a.a., em 2020, e foi reduzida de 2,38% para 2,25% a.a. ao fim de 2021.

Para o IPCA, a projeção também teve queda de 1,58% para 1,51%, este ano, mas alta de 2,72% para 2,78%, no próximo.

Já no câmbio, os economistas prevem o dólar a R$ 5,25 em 2020 (ante R$ 5,30) e a R$ 5,10 (ante R$ 5,30), em 2021.

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