Mercado financeiro vê inflação de 9,77% em 2021, na 32ª alta consecutiva das projeções

Também houve piora nas expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, de 4,93% para 4,88%

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O mercado financeiro elevou, pela 32ª semana, suas estimativas para a inflação este ano, desta vez de 9,33% para 9,77%. As expectativas para 2022 também tiveram piora, de 4,63% para alta de 4,79%, na 17ª elevação consecutiva. Os dados constam no relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) na manhã desta terça-feira (16).

Nesta terça, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, reconheceu que a inflação acelerou e teve piora quantitativa e qualitativa em todos os aspectos e, por isso, destacou que o trabalho do BC é difícil.

“É importante ser realista e entender o quão disseminada está a inflação e será difícil trabalho do BC”, disse ele, durante painel no IX Fórum Jurídico de Lisboa, na capital portuguesa, organizado pela Universidade de Lisboa, Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e Fundação Getulio Vargas (FGV).

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O cenário de inflação mais alta tem pressionado a autoridade monetária a subir os juros mais rapidamente. A expectativa, segundo os economistas consultados pelo BC é de que a Selic encerre o ano a 9,25% e o próximo, a 11% ao ano, sem alterações em relação ao levantamento anterior. Isso implica nova alta de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro, a última do ano.

Leia mais: O que é inflação e por que ela impacta no seu bolso?

Com relação ao desempenho da economia brasileira, houve piora nas expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, de 4,93% para 4,88%, e para 2022, de crescimento de 1,00% para 0,93%.

Por fim, no câmbio, foram mantidas as estimativas de dólar negociado a R$ 5,50, em dezembro deste ano, se mantendo neste patamar até o fim de 2022.

Hoje, investidores repercutem os dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, de setembro. No período, o indicador teve queda de 0,27% na comparação com agosto, segundo dado dessazonalizado.

A projeção segundo pesquisa Refinitiv era de queda de 0,30% na comparação mensal, ante dado anterior mostrando baixa de 0,15%.

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