Mercado eleva projeção para inflação e PIB e vê Selic em 3,50% no fim do ano

A expectativa para a economia este ano passou de alta de 3,45% para elevação de 3,49%

Equipe InfoMoney

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Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 25, a expectativa para a economia este ano passou de alta de 3,45% para elevação de 3,49%. Há quatro semanas, a estimativa também era de 3,49%. Para 2022, o mercado financeiro manteve a previsão do PIB em alta de 2,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2021 passou de alta de 5,00% para 5,03%. Há um mês, estava em elevação de 5,00%. No caso de 2022, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 2,40% para 2,45%, ante 2,37% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 passou de 64,95% para 64,45%. Há um mês, estava em 66,60%. Para 2022, a expectativa seguiu em 66,60%, ante 68,30% de um mês atrás.

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Déficit primário

O Relatório de Mercado Focus trouxe hoje manutenção na projeção para o resultado primário do governo em 2021. A relação entre o déficit primário e o PIB no ano passado seguiu em 2,80%. No caso de 2022, foi de 2,00% para 2,16%. Há um mês, os porcentuais estavam em 3,00% e 2,20%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 foi de 6,92% para 7,00%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, passou de 6,30% para 6,40%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 7,00% e 6,25%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

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Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a balança comercial em 2021 na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, em superávit comercial de US$ 55,00 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55,10 bilhões. Para 2022, a estimativa de superávit foi de US$ 50,00 bilhões para US$ 49,30 bilhões. Há um mês, estava em US$ 48,90 bilhões.

No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2021 foi de déficit de US$ 19,41 bilhões para US$ 19,95 bilhões, ante US$ 15,00 bilhões de um mês antes. Para 2022, a projeção de rombo foi de US$ 29,55 bilhões para US$ 29,10 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 28,27 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 seguiu em US$ 60,00 bilhões. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2022, a expectativa permaneceu em US$ 70,00 bilhões, igual a um mês antes.

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Selic

Os economistas do mercado financeiro alteraram também suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021. O Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic neste ano foi de 3,25% para 3,50% ao ano. Há um mês, estava em 3,13%.

No caso de 2022, a projeção foi de 4,75% para 5,00% ao ano, ante 4,50% de mês antes. Para 2023, seguiu em 6,00%, mesmo patamar de quatro semanas atrás. Para 2024, permaneceu em 6,00%, igual a um mês atrás.

Na semana passada, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central preparou o terreno para possível elevação dos juros em 2021. Isso porque a instituição deu fim ao chamado “forward guidance” (ou prescrição futura, na tradução do inglês).

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Adotado em agosto de 2020, o “forward guidance” era uma indicação técnica do BC de que não pretendia elevar os juros se a inflação seguisse sob controle e o risco fiscal não se alterasse. O problema é que, nos últimos meses, a inflação ao consumidor está mais salgada, puxada por aumentos de preços em itens como alimentos e energia.

Câmbio

Já para o câmbio, o Focus mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2021. A mediana das expectativas para o câmbio no fim período seguiu em R$ 5,00, valor igual ao de um mês atrás.

Já para 2022, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o câmbio foi de R$ 4,90 para R$ 5,00, ante R$ 4,95 de quatro pesquisas atrás.

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A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada neste mês pelo BC. Com a mudança, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

Inflação

Por fim, os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2021. O Focus mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,43% para 3,50%. Há um mês, estava em 3,34%. A projeção para o índice em 2022 seguiu em 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa foi de 3,22% para 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,20%, nesta ordem.

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A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

(Com Agência Estado)