Mercado eleva projeção para inflação de 2020 pela 15ª semana; Selic deve subir para 3,0% em 2021

Estimativa dos economistas consultados pelo Banco Central para o IPCA em 2021 também subiu pela quinta semana seguida, para 3,40%

Mariana Zonta d'Ávila

(RHJ/Getty Images)

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SÃO PAULO – Com o aumento da pressão inflacionária, o mercado financeiro elevou, pela 15ª semana consecutiva, a projeção para a inflação neste ano, de 3,25% para 3,45%. Os dados constam do último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (23).

Em 10 de agosto, antes da primeira elevação na estimativa, era esperada alta de 1,63% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020. Deste então, as estimativas vêm sendo continuamente elevadas.

Para 2021, as estimativas de alta para o IPCA também foram ampliadas, de 3,22% para 3,40%. Esta é a quinta semana consecutiva de aumento nas estimativas para o indicador no período.

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No que tange às expectativas para a taxa básica de juros, a Selic deve encerrar este ano no atual patamar, de 2% ao ano, mas deverá subir para 3% a.a., ao fim de 2021. Na semana passada, o mercado financeiro via os juros subindo para 2,75% em 2021.

Com relação ao desempenho da economia brasileira, os economistas consultados pela autoridade monetária veem um tombo um pouco menor para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano, de 4,55%, ante retração de 4,66% esperada anteriormente.

Já em 2021, superados os principais impactos da pandemia de coronavírus, a expectativa é de expansão de 3,40% da atividade, acima da alta de 3,31% prevista para o PIB na semana anterior.

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Ainda de acordo com as estimativas do mercado, o dólar deve encerrar este ano negociado a R$ 5,38 (ante R$ 5,41 anteriormente) e em R$ 5,20, no próximo, sem alterações em relação ao último levantamento.

Top 5

Entre os economistas ouvidos pelo BC que mais acertam as previsões, reunidos no grupo “Top 5 médio prazo”, as projeções apontam para inflação de 3,39% este ano, frente à estimativa anterior de 3,14%. Para 2021, a alta estimada para o IPCA é de 3,31%, abaixo do aumento de 3,36% previsto na semana passada.

No câmbio, as projeções recuaram de R$ 5,55 para R$ 5,45, em 2020, e de R$ 5,24 para R$ 5,22, ao fim de 2021.

Já a taxa Selic deve permanecer no atual patamar de 2,00% este ano, e subir para 2,50% até dezembro de 2021 (ante estimativa anterior de 2,25%).

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