Marinho estima impacto do tarifaço dos EUA em até 330 mil empregos ao ano no Brasil

Ministro do Trabalho afirma que efeito sobre postos diretos e indiretos será limitado e reforça que alta dos juros é problema maior

Estadão Conteúdo

Ministro Luiz Marinho em Brasília
 28/8/2023   REUTERS/Adriano Machado
Ministro Luiz Marinho em Brasília 28/8/2023 REUTERS/Adriano Machado

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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o impacto do tarifaço aplicado pelos Estados Unidos a produtos brasileiros no mercado de trabalho seria de, no máximo, da ordem de 320 mil a 330 mil empregos no ano. “O tamanho do impacto, se tudo desse errado, não vai dar tudo errado, nós teríamos um impacto, no máximo, da ordem de 320 mil a 330 mil (empregos)”, afirmou Marinho a jornalistas.

Segundo ele, seriam afetados 121 mil empregos diretos e algo em torno de 210 mil postos de trabalho indiretos.

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Marinho voltou a criticar o atual patamar da taxa de juros da economia brasileira e disse que esse é “o nosso principal problema”, maior do que o tarifaço. “Como o Haddad, eu peço para o santo dos juros baixar os juros”, afirmou, em referência ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “O tarifaço é um problema, claro. Evidente que nós estamos trabalhando, com toda determinação, por orientação do presidente Lula, em alguns caminhos, um caminho é abrir novos mercados”, defendeu, citando a missão oficial do vice-presidente Geraldo Alckmin ao México.

O titular da Pasta do Trabalho disse também acompanhar as medidas enviadas pelo governo ao Congresso, para mitigar os efeitos aos setores exportadores.

Por fim, ele afirmou estar “à disposição” para dialogar com empresas que precisarem de eventual ajuste de mão de obra no mercado. “Na verdade, não houve nenhuma formalização ainda pedida ao Ministério do Trabalho e Emprego”, informou Marinho.

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Segundo ele, só foram recebidas manifestações por setores, mas as empresas não fizeram contatos no sentido de pedir redução de jornadas ou férias coletivas, por exemplo, de acordo com as regras da CLT.