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O Brasil está tomando medidas desencontradas que podem piorar ainda mais a crise, disse nesta segunda-feira, 18, o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda do governo Lula e atual presidente do Insper, Marcos Lisboa, durante uma transmissão ao vivo organizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O auxílio emergencial, por exemplo, que confere R$ 600,00 a trabalhadores autônomos que perderam a renda nesta crise de saúde que exigiu o isolamento social da população, segundo Lisboa, uma destas medidas desencontradas.
Para ele, que foi também diretor-executivo do Itaú Unibanco, o governo cometeu desvios na concessão do benefício por ter perdido o foco. “Já são quase 80 milhões de beneficiados”, diz ele, acrescentando que nem se sabe direito quem realmente precisa do dinheiro.
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“Estamos tomando medidas como as que foram tomadas no governo Dilma”, criticou Lisboa.
No tocante às medidas de crédito, o economista ressalta que faltaram um desenho correto e um estudo sobre inadimplência. Para ele, isso pode se tornar num desastre porque os bancos não emprestam dinheiro próprio, mas dos depositantes.
E o problema, de acordo com o presidente do Insper, não é de liquidez e sim de solvência. Ou seja, muitas empresas não conseguem ter acesso a empréstimos não é por falta de recursos no sistema, mas porque os candidatos a tomadores de empréstimos não têm condições cadastrais para obter o dinheiro.