Janet Yellen alerta para recessão nos EUA e crise global se teto da dívida não for elevado

Em entrevista à CNN, Yellen advertiu que o cenário poderia levar ao rebaixamento da nota de crédito da maior economia do planeta

Estadão Conteúdo

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A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, alertou, nesta sexta-feira, 20, que uma eventual incapacidade do governo norte-americano de aumentar o teto da dívida desencadearia um quadro de recessão no país e uma consequente crise financeira global.

Em entrevista à CNN, Yellen advertiu que o cenário poderia levar ao rebaixamento da nota de crédito da maior economia do planeta . “Isso certamente prejudicaria o papel do dólar como moeda de reserva usada em transações em todo o mundo”, disse. “Nos EUA, muitas pessoas perderiam seus empregos e certamente os custos de empréstimos aumentariam”, ressaltou.

Em carta enviada a lideranças do Congresso americano na quinta-feira, Yellen informou que o Tesouro havia começado a adotar medidas extraordinárias para continuar honrando compromissos financeiros. Pelas estimativas delas, essas ações devem ser suficientes até junho. “Para além disso, não há garantias”, ressaltou. “A data real a partir da qual não poderemos usar essas medidas é bem incerteza”, acrescentou.

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Pela legislação norte-americana, o teto da dívida pública precisa ser elevado periodicamente pelo Congresso para que o governo consiga cumprir obrigações financeiras. Com o controle da Câmara dos Deputados, a oposição republicana ameaça não aumentar o limite se a Casa Branca se recusar a fazer concessões em sua agenda econômica, como cortes de gastos.

Inflação

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos admitiu que a inflação no país ainda é um “problema” e uma “fonte de preocupação”, mas afirmou que o país fez grandes progressos na missão de reduzi-la nos últimos meses.

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Na entrevista à CNN, Yellen destacou que os preços de bens e de gasolina estão em queda e que os gargalos nas cadeias produtivas estão arrefecendo. “Estou encorajada com os progressos que fizemos e acredito que é possível continuar com eles neste ano”, disse.

A secretária acrescentou que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está fazendo o que for possível para manter o mercado de trabalho aquecido ao mesmo tempo em que reduz a inflação.