Publicidade
SÃO PAULO – O Itaú revisou para baixo sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 5% para 4,7%, enquanto manteve a expectativa de retração de 0,5% para 2022.
As recentes quedas na produção industrial e do varejo sugerem que a atividade econômica já está encolhendo, neste segundo semestre, justifica o Itaú.
Conforme o banco, a produção industrial começou a recuar no 2º trimestre deste ano, em meio a restrições de oferta causadas em parte pela escassez de insumos e pelo alcance de capacidade de pico em alguns segmentos.
Masterclass
As Ações mais Promissoras da Bolsa
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
“A demanda por bens também começou a desacelerar nos últimos meses, liderada pela queda nas vendas no varejo em agosto e setembro – e esperamos novas quedas em outubro e novembro”, acrescentou.
Para o Itaú, a projeção é de expansão 0% do PIB, em base trimestrais, entre julho e setembro, assim como entre outubro e dezembro.
“Essas estimativas apontam para uma expansão de 4,5% do PIB em 2021, mas estimamos 4,7% com base na premissa de que a revisão dos dados do mercado de trabalho da PNAD Contínua provocará uma revisão em alta da série do PIB deste ano”, escreveu.
Continua depois da publicidade
Contribuição decrescente da indústria e do varejo para PIB
PIB 2022
Para 2022, o Itaú mantém a projeção de retração de 0,5% do PIB, sobretudo por conta da expectativa de contração da demanda agregada em resposta ao aumento das taxas de juros.
“Em comparação com nossa projeção anterior, parece que o aumento adicional da taxa básica de juros deve compensar possíveis fatores positivos, como a continuidade da expansão fiscal no nível subnacional.
De acordo com o Itaú, os números do 1º trimestre de 2022 serão beneficiados por um “sólido crescimento pontual do PIB agrícola e pelo efeito de um salário mínimo mais alto sobre o poder de compra das famílias”.
“Dito isso, prevemos uma contração do PIB nos próximos trimestres”, acrescentou.
Inflação e juros
Para a inflação, os analistas da instituição agora veem o IPCA acumulando alta de 10,1% nos 12 meses deste ano, avançando frente a projeção antiga, que era de 9%. Em 2022, o IPCA deve avançar 5%, ante projeção anterior de 4,3%.
Quanto a taxa de juros, o Itaú vê o ciclo de altas se encerrando no primeiro trimestre de 2022, com a Selic estacionando nos 11,75%, após duas altas de 1,5 ponto porcentual em dezembro e em fevereiro; e uma elevação de 1 ponto porcentual em março. A última projeção era de que a trava viria nos 11,25%.
“Embora não tenha ocorrido deterioração significativa no cenário fiscal desde a última reunião, a pressão inflacionária continua intensa e generalizada, contaminando as expectativas de inflação e as projeções do próprio Banco Central, justificando uma taxa terminal mais elevada”, destacou.
Por fim, o Itaú ressaltou que a manutenção do ritmo de alta da Selic em patamar significativamente contracionista ajudará no processo de desinflação, mesmo que não a ponto de garantir a convergência da inflação para a meta em 2022.
Entenda como usar a inflação e volatilidade do mercado para potencializar o retorno dos seus investimentos ainda em 2021. Inscreva-se grátis.
You must be logged in to post a comment.