IPCA-15 sobe 0,93% em março e tem maior alta para o mês desde 2015, puxado por alta de combustíveis

A expectativa do mercado, segundo estimativa média da Refinitiv, era de alta de 0,96% na comparação com fevereiro e de 5,55% na comparação anual

Equipe InfoMoney

Bomba de gasolina

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,93% em março, após registrar alta de 0,48% em fevereiro de 2021. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE.

É o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando o índice foi de 1,24%. Já o IPCA-E, o acumulado do índice no trimestre, foi de 2,21%, a maior taxa para um primeiro trimestre desde 2016, quando foi de 2,79%.

A expectativa do mercado, segundo estimativa média da Refinitiv, era de alta de 0,96% em março na comparação com fevereiro e de 5,55% na comparação anual.

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Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em março. O maior impacto (0,76 p.p.) e a maior alta (3,79%) vieram dos Transportes, que aceleraram em relação a fevereiro (1,11%), sobretudo em decorrência do aumento nos preços dos combustíveis (11,63%). O maior impacto individual no índice do mês (0,56 p.p.) foi da gasolina (11,18%), cujos preços aumentaram pelo nono mês consecutivo. Também houve altas no etanol (16,38%), no óleo diesel (10,66%) e no gás veicular (0,39%).

Os automóveis novos (0,99%), os automóveis usados (0,30%) e o seguro voluntário de veículo (2,57%) somaram 0,06 p.p. de impacto e contribuíram para a alta nos transportes.

O subitem ônibus urbano (0,42%) teve alta em consequência do reajuste de 8,70% no preço das passagens em Recife (7,14%), vigorando desde 7 de fevereiro. Já o trem registrou aumento de 1,61%, influenciado pelo reajuste de 6,38% no preço da passagem no Rio de Janeiro (4,26%), a partir de 23 de fevereiro.

Ainda em transportes, no lado das quedas, transportes por aplicativo (-2,38%) e passagens aéreas (-2,01%) apresentaram recuo, porém menos intenso do que em relação a fevereiro, quando registraram -9,16% e -2,54%, respectivamente.

O segundo maior impacto do IPCA-15 de março foi do grupo Habitação, com alta de 0,71% e contribuição de 0,11 p.p. no resultado do mês. Destaque para o gás de botijão, que aumentou 4,60% e adicionou 0,05 p.p na pesquisa. É o 10º mês consecutivo de alta. Gás encanado (2,52%) e taxa de água e esgoto (0,68%) aceleraram em relação a fevereiro, quando registraram 1,19% e 0,45%, respectivamente.

No caso do gás encanado, reajustes em dois locais influenciaram o resultado: um de 3,50% no Rio de Janeiro (2,10%), vigente desde 1º de fevereiro, e dois em Curitiba (19,04%), sendo um de 8,07%, em vigor desde 1º de fevereiro, e um de 15,57%, a partir de 16 de fevereiro.

Em água e esgoto, a pesquisa também captou reajustes em Fortaleza (5,77%), de 12,25%, a partir de 29 de janeiro; e em Curitiba (3,78%), de 5,11%, em vigor desde 5 de fevereiro.

Ainda em Habitação, o item energia elétrica teve alta de 0,05%, frente à queda de 4,24% no IPCA-15 de fevereiro. Durante o período de coleta, vigorou a bandeira tarifária amarela, que adiciona R$ 1,343 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Houve ainda reajustes de 4,66% e de 4,50% em concessionárias no Rio de Janeiro (-0,57%), ambas em vigor desde 15 de março.

O grupo de Alimentação e bebidas variou 0,12%, desacelerando em comparação com fevereiro (0,56%). Os alimentos para consumo no domicílio caíram 0,03% após sete meses consecutivos de alta, sobretudo por conta das quedas de tomate (-17,50%), a batata-inglesa (-16,20%), o leite longa vida (-4,50%) e o arroz (-1,65%). No lado das altas, as carnes aumentaram 1,72%.

A alimentação fora do domicílio desacelerou em comparação com o mês anterior, registrando 0,49% em março frente 0,56% de fevereiro. O índice foi influenciado pelo lanche (0,64%) e pela refeição (0,33%), itens que, em fevereiro, aumentaram 1,20% e 0,37%, respectivamente.

O único grupo em queda no IPCA-15 de março foi Educação, que caiu 0,51% após alta de 2,39% em fevereiro. Os demais grupos ficaram entre as altas de 0,02% em Comunicação e de 0,55% em Artigos de residência.

(com Agência de notícias do IBGE)

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