IPCA-15 desacelera para 0,36% em março, mas com maior pressão de alimentos

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores, mas acima da estimativa de analistas

Roberto de Lira

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O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, desacelerou em março, para 0,36%, após a forte alta de 0,78% observada em fevereiro, informou nesta terça-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi em grande parte influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,91% e impacto de 0,19 p.p. no índice geral. 

O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, ficou em 1,46%, abaixo da taxa de 2,01% registrada no mesmo período em 2023.

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Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%.

Os dados de março vieram um pouco acima do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que era de inflação mensal de 0,33% na comparação mensal e de 4,13% em 12 meses.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco registraram alta em março. Além do grupo Alimentação e bebidas, também se destacaram Transportes (0,43%) e Saúde e cuidados pessoais (0,61%). As demais variações ficaram entre o -0,58% de Artigos de residência e o 0,19% de Habitação.

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Especificamente no grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%).

Outros itens apresentaram queda, como a batata-inglesa (-9,87%), a cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%).

Já a alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março). O lanche (0,19%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,79%).