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A inflação acelerou pelo terceiro mês consecutivo na Argentina, mesmo após a vitória do presidente Javier Milei nas eleições de meio de mandato, com alta nos preços da carne, transporte e energia.
Os preços ao consumidor subiram 2,5% em novembro, acima da estimativa mediana dos economistas consultados pela Bloomberg, e superior aos 2,3% registrados em outubro. A inflação anual subiu para 31,4%, ante 31,3%, o primeiro aumento desde que atingiu o pico quatro meses após Milei assumir o cargo, segundo dados do governo divulgados na quinta-feira.
Os custos de combustíveis, energia e transporte tiveram forte alta em termos reais em novembro. A moeda, por sua vez, manteve-se relativamente estável, em comparação com uma queda de quase 5% em outubro, em meio à volatilidade eleitoral antes da votação de 26 de outubro.
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A economia argentina era amplamente esperada para contrair no terceiro trimestre, mas o crescimento mensal de 0,5% em setembro, apesar da turbulência, surpreendeu os analistas. O órgão de estatísticas revisou para cima vários dados mensais.
O partido libertário de Milei venceu as eleições de meio de mandato com ampla vantagem, fazendo os títulos públicos dispararem e estabilizando a moeda. O novo Congresso, onde Milei agora detém 95 das 257 cadeiras na Câmara dos Deputados e 20 das 72 cadeiras no Senado, tomou posse na quarta-feira. Milei enviou uma ambiciosa reforma trabalhista na quinta-feira.
Espera-se que a Argentina termine o ano com inflação anual de 30,4%, segundo a última pesquisa do banco central com economistas. O crescimento previsto é de 4,4%, revisado para cima em relação aos 3,9% do mês passado.
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