Índice de Preços ao Produtor recua 3,07% em maio ante abril, diz IBGE; em 12 meses retração chega a 9,20%

Índice acumulado no ano chegou a -4,04%, a menor taxa acumulada para um mês de maio desde o início da série, em 2014

Roberto de Lira

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O Índice de Preços ao Produtor (IPP) recuou 3,07% em maio ante abril, acumulando assim o quarto mês consecutivo de variação negativa nos preços, informou nesta quinta-feira (29) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acumula retração de 9,20% em 12 meses, a maior da série histórica para esse indicador.

Já o índice acumulado no ano chegou a -4,04%. Essa é a menor taxa acumulada no ano já registrada para um mês de maio desde o início da série histórica, em 2014.

Em maio, 20 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações negativas de preço quando comparadas ao mês anterior. Em abril, 13 atividades haviam apresentado variações negativas de preço em relação a março.

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Segundo o IBGE, as atividades industriais responsáveis pelas maiores influências no resultado de maio foram refino de petróleo e biocombustíveis, outros produtos químicos, indústrias extrativas e alimentos.

Já as variações mais expressivas vieram de refino de petróleo e biocombustíveis (-10,47%), indústrias extrativas (-9,32%), outros produtos químicos (-5,78%) e papel e celulose (-5,51%).

Alexandre Brandão, analista do IPP, lembrou em nota que, nos últimos cinco meses, houve uma crescente valorização do real em relação ao dólar. “Isso faz com que ocorra uma diminuição dos preços na moeda brasileira, uma das razões que explicam o maior número de atividades com redução de preços. Os setores exportadores, naturalmente, são os mais afetados”, explica.