Indicador de exportações global inverte sinal e sobe no 2º trimestre, mostra barômetro da OMC

Alta foi impulsionada pela forte produção e vendas de automóveis, mas instituição alerta que novos drivers no terceiro trimestre podem ser limitados

Estadão Conteúdo

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O comércio global de bens manteve aceleração, inverteu sinal e subiu no segundo trimestre de 2023, apontou o barômetro da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A alta foi impulsionada pela forte produção e vendas de automóveis, porém, a instituição alerta que novos drivers no terceiro trimestre podem ser limitados enquanto os pedidos de exportação permanecerem fracas.

O índice subiu de 95,6 para 99,1 desde o último resultado em maio, e está próximo da linha de base de 100 da escala que vai de 90 a 110. “Isto sugere que o volume do comércio de mercadorias aumentou no segundo trimestre, após dois trimestres de declínio, mas permanece ligeiramente abaixo da tendência”, pontua a OMC.

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Em geral, valores menores que 100 indicam que o volume de mercadorias comercializado caiu ou vai cair para níveis abaixo da tendência, explicou a organização no comunicado divulgado nesta quinta-feira.

A maioria dos índices componentes do barômetro ficaram ligeiramente abaixo da tendência nas suas últimas leituras, exceto pela exportação de automóveis, que superou a tendência.

Segundo a OMC, o aumento reflete as exportações do Japão e da China, que contribuíram inclusive para um Produto Interno Bruto (PIB) japonês mais forte que o esperado no primeiro trimestre e estão atuando como uma “rara fonte de força” para a economia chinesa.

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Ficaram próximos a linha de base: o índice de pedidos de exportação (97,6), o índice de transporte de contentores (99,5), o índice de frete aéreo (97,5) e o índice de matérias-primas (99,2). As principais exceções foram o índice de produtos automotivos (110,8), que subiu firmemente acima da tendência, e o índice de componentes eletrônicos (91,5), que caiu abaixo da tendência.

Sobre as projeções de enfraquecimento no terceiro trimestre, a OMC esclarece que a demanda global continua fraca, prejudicada pelo lento crescimento econômico nas principais economias, incluindo a União Europeia e a China.