Indicador Antecedente do Emprego avança 1,6 ponto em dezembro, diz FGV/Ibre

Índice foi a 74,7 pontos, após dois meses seguidos de queda, mas terminou o ano de 2022 com saldo negativo de 7,1 pontos

Roberto de Lira

Fila em busca de emprego no Rio de Janeiro (Mario Tama/Getty Images)

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O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do FGV/Ibre subiu 1,6 ponto em dezembro, para 74,7 pontos, após dois meses seguidos de queda e terminou o ano com saldo negativo de 7,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp caiu 3,0 pontos, para 75,9 pontos.

Em dezembro, 3 dos 7 componentes do IAEmp contribuíram positivamente para o resultado do indicador, com destaque para os indicadores que medem a Situação Atual e Tendência dos Negócios da Indústria, que contribuíram com 1,7 e 0,5 ponto, respectivamente. Também houve contribuição do indicador que mede o Emprego nos próximos meses do Consumidor, que contribuiu com 0,9 ponto.

Do lado negativo, o principal destaque ficou com indicador de Emprego Previsto da Indústria, que contribuiu com -0,9 ponto. Os demais indicadores – Emprego Previsto, Tendência dos Negócios e Situação Atual do Negócios de Serviços – contribuíram 0,2 ponto negativo cada um.

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Segundo Rodolpho Tobler, economista do FGV/Ibre, é preciso cautela para interpretar a alta do indicador no mês. “A alta compensa apenas cerca de 15% do que foi perdido nos meses anteriores e o ano encerra com viés negativo com o resultado do último trimestre”, lembrou

Para ele, o patamar baixo do indicador se mantém e parece refletir o cenário macroeconômico negativo e desafiador para o ano de 2023. “Com a expectativa de uma desaceleração da economia, o mercado de trabalho tende a reagir de maneira negativa e dificilmente voltará, no curto prazo, à trajetória ascendente que teve em parte do ano de 2022″, avaliou.