Indicador antecedente de emprego recua em maio após cinco altas seguidas, diz FGV

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 1,3 ponto em maio, para 78,9 pontos, após atingir o maior valor desde setembro de 2022 no mês anterior

Reuters

Homem segura carteira de trabalho em São Paulo  (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)
Homem segura carteira de trabalho em São Paulo (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

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São Paulo (Reuters) – O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil recuou em maio, interrompendo uma sequência de cinco meses de alta e sinalizando possível estabilidade no ritmo de abertura de postos de trabalho no segundo semestre, mostraram dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (5).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 1,3 ponto em maio, para 78,9 pontos, após atingir o maior valor desde setembro de 2022 no mês anterior.

“Esse resultado negativo ainda não representa uma reversão na tendência dos últimos meses, mas pode estar sinalizando uma estabilidade no ritmo de criação de vagas a partir do segundo semestre”, disse Rodolpho Tobler, economista do FGV/Ibre.

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A queda no IAEmp se deu por conta do recuo em quatro dos sete componentes do indicador, com destaque para o número do Emprego Previsto da Indústria, que caiu 0,8 ponto, e para o dado de Emprego Previsto de Serviços, que contraiu 0,6 ponto.

“As recentes altas observadas no indicador de incerteza podem ser um obstáculo, mas o cenário macroeconômico positivo parece continuar influenciando positivamente no aquecimento do mercado de trabalho”, afirmou Tobler.

O Brasil abriu 240.033 vagas formais de trabalho em abril, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), resultado acima da expectativa de economistas.