Indicador Antecedente de Emprego cai 1,4 ponto em abril ante março, para 75 pontos, diz FGV

Em abril, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram negativamente; a tendência dos negócios da indústria foi o pior item

Estadão Conteúdo

Pessoas em fila de mutirão do emprego

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O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 1,4 ponto na passagem de março para abril, para 75,0 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp aumentou 0,4 ponto.

Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, disse em nota  que, apesar de fechar o primeiro trimestre com resultado positivo, o indicador de abril devolve quase todos os ganhos do trimestre e mantém o IAEmp oscilando em patamar baixo.

“Depois de um ano muito favorável para o mercado de trabalho, 2023 deve ser um ano mais desafiador ditado pela desaceleração econômica global em curso, relacionada a uma política monetária restritiva e inflação”, comentou.

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Ele afirmou que, com a dificuldade do indicador em se afastar desse nível, que hoje está 10 pontos abaixo da média histórica, não é possível imaginar a volta da trajetória positiva no ritmo de contratação no curto prazo.

O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante: quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

Em abril, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram negativamente para o resultado. Os piores desempenhos no mês foram dos itens Tendência dos Negócios da Indústria, com contribuição de -1,0 ponto, Situação Atual dos Negócios da Indústria, com -0,4 ponto, e Situação Atual dos Negócios de Serviços, -0,3 ponto.

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Os componentes que contribuíram positivamente foram Emprego Previsto de Serviços, com +0,2 ponto, e Tendência dos Negócios de Serviços, com +0,2 ponto.