Ilan se diz honrado com nomeação para o BID e pede licença do cargo no FMI

Ex-presidente do BC na gestão do presidente Michel Temer, economista ocupa diretoria para o Hemisfério Ocidental do Fundo desde janeiro

Roberto de Lira

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Nomeado nesta tarde como candidato do Brasil para presidir o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o ex-presidente do Banco  Central na gestão do presidente Michel Temer, Ilan Goldfajn, pediu licença do seu cargo como diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Estou muito honrado por ter sido nomeado como candidato brasileiro à Presidência da JID. Nesse ínterim e enquanto o processo estiver em andamento, renunciei às minhas responsabilidades no FMI e estou de licença do Fundo”, afirmou em comunicado à imprensa.

Ilan tem larga experiência no setor privado, tendo ocupado a função de economista chefe e sócio do Itaú Unibanco. Ele também foi sócio-fundador da Ciano Investimentos e sócio e economista da Gávea Investimentos. Mais recentemente, presidiu o conselho do Credit Suisse no Brasil, antes de transferir para o FMI. Ele também trabalhou como consultor para uma série de organismos financeiros internacionais, como o Banco Mundial, a ONU e o FMI.

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Ilan Goldfajn é doutor em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), mestre em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e bacharel em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. O ex-presidente do BC lecionou em várias universidades no Brasil e nos Estados Unidos, foi organizador de diversas publicações e autor de artigos e livros.

O BID vai escolher seu novo presidente no próximo dia 20 de novembro. O cargo está sendo ocupado interinamente pela vice-presidente executiva, Reina Irene Mejía Chacón, desde a demissão de Mauricio Claver-Carone, acusado de desvios éticos – ele teria se relacionado com uma subordinada.