IGP-M sobe 0,45% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,45%

Indicador acelerou de novembro para dezembro, mas ficou abaixo do esperado pelo mercado e do resultado de dezembro de 2021

Lucas Sampaio

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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,45% em dezembro, após queda de 0,56% em novembro, e com isso o indicador conhecido como “inflação do aluguel” fechou o ano com alta de 5,45%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Apesar da aceleração de novembro para dezembro, o resultado ficou abaixo do consenso Refinitiv (o mercado projetava uma alta de 0,54%) e também de dezembro de 2021 (quando a alta foi de 0,87% e a inflação acumulada em 12 meses era de 17,78%).

O IGP-M é chamado de “inflação do aluguel” por ser usado como indexador para reajustar contratos de locação. O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) calcula os preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

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André Braz, coordenador dos índices de preços do Ibre/FGV, afirma que dezembro registrou uma “aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor”.

“No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão (de -1,45% para 15,36%), bovinos (de -2,20% para 1,55%) e óleo de soja refinado (de 2,57% para 7,35%). Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate (de 18,13% para 19,12%) e cebola (17,36% para 24,80%)”, afirma Braz.

IPA, IPC e INCC

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do IGP-M e calcula a variação dos preços no atacado, subiu 0,47% em dezembro, após queda de 0,94% em novembro. Com isso, o IPA fechou 2022 com alta de 5,27%.

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Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, registrou alta de 0,44% no mês, mas desacelerou em relação a novembro (0,64%) e terminou o ano com alta de 4,30%.

A FGV diz que 5 das 8 classes de despesa do IPC desaceleraram em dezembro e que a principal contribuição partiu do grupo saúde e cuidados pessoais (de 1,00% no mês passado para 0,37% agora).

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos educação, leitura e eecreação (de 0,60% para -0,26%); transportes (de 0,79% para 0,31%); vestuário (de 0,83% para 0,67%) e despesas diversas (de 0,14% para 0,08%).

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Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,27% no mês, após alta de 0,14% em novembro, e acumulou alta de 9,70% entre janeiro e dezembro — a maior entre dos 3 sub-indicadores.

Lucas Sampaio

Jornalista com 12 anos de experiência nos principais grupos de comunicação do Brasil (TV Globo, Folha, Estadão e Grupo Abril), em diversas funções (editor, repórter, produtor e redator) e editorias (economia, internacional, tecnologia, política e cidades). Graduado pela UFSC com intercâmbio na Universidade Nova de Lisboa.