IGP-M cai 0,64% em setembro, após alta de 0,66% em agosto, diz FGV

É a primeira deflação mensal do índice desde fevereiro de 2020 e a menor taxa desde agosto de 2019

Estadão Conteúdo

Chave de imóvel (Shutterstock)

Publicidade

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,64% em setembro, após ter subido 0,66% em agosto, informou nesta quarta-feira, 29, a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a primeira deflação mensal do índice desde fevereiro de 2020 (-0,04%) e a menor taxa desde agosto de 2019 (-0,67%).

A deflação do IGP-M foi maior do que indicava a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de queda de 0,43%, e ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas (-1,10% a 0,03%).

Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses pelo IGP-M desacelerou de 31,12% em agosto para 24,86% em setembro, abaixo do nível de 30% pela primeira vez desde fevereiro (28,94%). Em 2021, o índice soma alta de 16,0%.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) caiu 1,21% em setembro, após alta de 0,66% em agosto, e puxou a deflação do IGP-M. O indicador sobe 19,15% no ano e 30,54% no acumulado de 12 meses.

Na outra ponta, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) avançou de 0,75% para 1,19% no período. O indicador acumula inflação de 6,30% em 2021 e de 9,20% em 12 meses.

O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) subiu 0,56% em setembro, a mesma taxa registrada em agosto. O índice sobe 11,99% de janeiro a setembro de 2021 e 16,37% no acumulado de 12 meses.

Continua depois da publicidade

Seis das oito classes de despesa componentes do IPC-M registraram avanço este mês. A principal contribuição foi de Habitação, que saltou de 1,05% para 2,00%, puxada por tarifa de eletricidade residencial (3,26% para 5,75%). Educação, Leitura e Recreação (0,53% para 1,85%) também teve aumento significativo, mais uma vez com forte influência de passagem aérea (3,17% para 16,22%).

Também apresentaram aceleração em suas taxas de variação os grupos Transportes (0,76% para 1,31%), Comunicação (-0,11% para 0,21%), Despesas Diversas (0,19% para 0,28%) e Vestuário (0,29% para 0,31%).

Neles, os maiores pesos de itens foram de gasolina (1,55% para 2,77%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,26% para 0,42%), cigarros (-0,12% para 0,48%) e serviços do vestuário (0,12% para 0,78%), respectivamente.

Na direção oposta, duas classes de despesas arrefeceram em relação a agosto. Alimentação desacelerou de 1,17% para 1,10%, com destaque para hortaliças e legumes (5,42% para 1,57%), enquanto o grupo Saúde e Cuidados Pessoais passou de 0,42% para 0,38%, puxado por artigos de higiene e cuidado pessoal (1,06% para 0,67%).

Influências individuais

Segundo a FGV, os itens que mais contribuíram para o avanço do IPC-M em setembro foram tarifa de eletricidade residencial (3,26% para 5,75%), gasolina (1,55% para 2,77%) e passagem aérea (3,17% para 16,22%). Taxa de água e esgoto residencial (0,35% para 4,26%) e etanol (0,70% para 6,13%) completam a lista.

As principais influências individuais de baixa foram perfume (0,60% para -0,69%), arroz (-1,89% para -0,97%) e cenoura (19,32% para -6,55%), seguidas por cebola (-14,29% para -3,70%) e patinho (0,63% para -2,13%).

Especialistas certificados das maiores corretoras do Brasil ensinam como ir do básico à renda extra crescente operando como trader na Bolsa de Valores. Inscreva-se Grátis.