Publicidade
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,59% em novembro ante outubro, informou a Fundação Getúlio Vargas. No mês anterior, o índice também havia registrado variação negativa (-1,04%), assim como em setembro (-0,90%) agosto (-0,69%). Com esse resultado, o índice acumula alta de 5,70% no ano e de 5,55% em 12 meses.
Em novembro de 2021, o índice havia subido 1,19% no mês e acumulava elevação de 19,78% em 12 meses.
A queda veio um pouco maior que esperada pelo mercado: o consenso Refinitiv apontava para uma deflação de 0,55%.
Continua depois da publicidade
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, os três índices componentes do IGP registraram avanço da inflação. “O índice ao produtor apresentou queda menos intensa, dada a atual estabilidade dos preços dos combustíveis. No âmbito do consumidor, a inflação acelerou refletindo a alta dos preços dos alimentos. E, por fim, na construção civil, houve aumento mais forte nos preços dos serviços e da mão-de-obra”, afirmou.
IPA
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,98% em novembro, enquanto no mês anterior havia registrado taxa de -1,44%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de -0,30% em outubro para 0,23% em novembro. A principal contribuição para o resultado veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,47% para 0,08%.
IPC
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,67% em novembro, ante variação também positiva em outubro de 0,17%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (-2,17% para 0,47%), Alimentação (0,11% para 0,79%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,69% para 0,98%) e Vestuário (0,37% para 0,93%).
As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (-7,09% para 0,56%), hortaliças e legumes (4,05% para 9,73%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,88% para 2,01%) e roupas (0,26% para 0,98%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (3,36% para 1,81%), Habitação (0,64% para 0,33%), Despesas Diversas (0,19% para 0,12%) e Comunicação (-0,61% para -0,62%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (17,70% para 7,96%), aluguel residencial (1,38% para 0,00%), conserto de aparelho telefônico celular (0,71% para 0,36%) e tarifa de telefone residencial (2,77% para 1,70%).
INCC
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,19% em novembro ante 0,01% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro Materiais e Equipamentos (-0,32% para -0,10%), Serviços (0,27% para 0,43%) e Mão de Obra (0,25% para 0,40%).