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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta em fevereiro de 0,4%, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (11).
Expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,15%, na mediana nas respostas. Com o resultado, o índice subiu aos 106,60 pontos na série com ajuste sazonal. O resultado, no entanto, mostrou desaceleração em relação à alta de 0,9% registrada em janeiro, em dado não revisado pelo BC.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 4,1%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 3,8%, de acordo com os números observados.
O crescimento a atividade econômica brasileira foi impulsionado pelo setor agropecuário, mesmo em meio ao ciclo de aperto de juros e às expectativas de desaceleração da economia.
O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.

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Agro cresce 5,6%
A partir desta divulgação, o BC passou a apresentar a abertura setorial do índice, mostrando que em fevereiro o IBC-Br da agropecuária cresceu 5,6% sobre o mês anterior, em dado dessazonalisado.
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Na mesma base de comparação, o índice da indústria teve queda de 0,8%, enquanto o de serviços avançou 0,2%. Sem contar o desempenho da agropecuária, o IBC-Br teria apresentado retração de 0,2%, segundo o BC.
A economia brasileira mostrou perda de força no final de 2024, e analistas avaliam que esse cenário deve seguir este ano. No entanto, um forte crescimento esperado do setor agrícola, com safras recordes, deve dar alguma sustentação neste início de ano.
De um lado, a taxa de juros mais elevada deve agir como um freio para a economia neste ano, afetando o crédito e desacelerando a atividade, e de outro medidas do governo podem ter efeito positivo sobre o consumo das famílias.
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O BC elevou a Selic no mês passado a 14,25% e já indicou um ajuste de menor magnitude para a reunião de maio. A autoridade monetária ainda prevê que a inflação seguirá acima do teto da meta ao longo deste ano.
Produção industrial frustra expectativas
Em fevereiro, a produção industrial do Brasil frustrou as expectativas e recuou 0,1%, mas as vendas no varejo avançaram 0,5%, marcando o maior patamar da série, mostraram dados do IBGE. Já o volume de serviços no Brasil cresceu mais que o esperado no mês, a uma taxa de 0,8%.
A economia brasileira enfrenta ainda a perspectiva de fortes impactos das tarifas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vêm ainda abalando os mercados globais e provocando nervosismo generalizada.
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A mais recente pesquisa Focus realizada pelo Banco Central mostrou que a expectativa do mercado para a expansão do PIB em 2025 é de 1,97%, indo a 1,60% em 2025.
(com Reuters)