IBC-Br de julho surpreende impulsionado por varejo e serviços

Avanço da vacinação ajuda na recuperação, mas indústria continua demonstrando fragilidade com dificuldade de suprimentos da cadeia

Equipe InfoMoney

Prédio do Banco Central em Brasília (Crédito: Shutterstock)

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Em meio às recentes revisões para baixo das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), por parte do mercado, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta quarta-feira (15), surpreendeu, vindo acima do esperado.

“A atividade brasileira cresceu mais do que o esperado em julho, impulsionada principalmente pelo bom desempenho do varejo e de serviços”, afirmou o economista da Rio Bravo Investimentos, João Leal.

De acordo com ele, a indústria, em contrapartida, continua demonstrando fragilidade em meio à piora das condições na cadeia de suprimentos global.

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Leal acrescenta que “alguns riscos permanecem no radar para os próximos meses”. Entre eles, a crise hídrica, a inflação, a proximidade das eleições de 2022 e a situação internacional (política monetária americana e pandemia).

Fortes expectativas para 3º trimestre

Para a equipe da XP Macro, os números de julho do IBC-Br reforçam a expectativa de um crescimento sólido para o PIB do terceiro trimestre.

Conforme a XP, a alta de 0,6% em julho ante junho ficou acima de sua estimativa, de 0,3% de expansão. A expectativa, segundo consenso Refinitiv, era de alta de 0,4% na comparação mensal.

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Em relação ao mês de agosto, a projeção preliminar para o IBC-Br é de incremento de 0,3% no mês (5,6% na comparação anual).

Por fim, a XP espera que o PIB total cresça 0,8% no terceiro trimestre.

Recuperação de serviços

Especialmente o setor de serviços, severamente impactado pela pandemia, deve apresentar recuperação nos próximos meses, particularmente, os serviços às famílias, pontuou o Goldman Sachs, em relatório assinado por Alberto Ramos.

“O ímpeto de crescimento do setor de serviços aumentou visivelmente nos últimos meses”, escreveu.

Segundo ele, atuam conjuntamente para a recuperação o progresso no programa de vacinação da Covid, a reabertura da economia e o estímulo fiscal renovado.

“No entanto, a aceleração da inflação, o aumento das taxas de juros (condições financeiras domésticas mais restritivas), o aumento do ruído político e da incerteza política e a interrupção da tendência de alta na confiança dos consumidores e empresários podem limitar o lado positivo”, pontuou.

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