Guedes confirma Colnago em secretaria e diz em coletiva: “não queremos tirar 10 no fiscal e deixar brasileiros passando fome”

Durante a coletiva, ministro reiterou que “não há nenhuma mudança no arcabouço fiscal”.

Equipe InfoMoney

(FOTO: EDU ANDRADE/Ascom/ME)

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SÃO PAULO – Esteves Colnago, atual chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia, foi confirmado por Paulo Guedes como novo secretário especial do Tesouro e Orçamento no lugar de Bruno Funchal. O ministro da Economia confirmou o nome em pronunciamento ao lado de Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (22).

Guedes afirmou que Colnago tem carreira brilhante no setor público e é de “absoluta confiança”.

Segundo o ministro, os parlamentares lhe pediam que enviasse Colnago para conversas por sua “alta inteligência emocional, conhecimento, domínio de máquina”.

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Colnago foi um dos quadros do governo do ex-presidente Michel Temer a permanecer na equipe econômica após o presidente Jair Bolsonaro chegar ao poder.

Ministro do Planejamento sob Temer, ele foi nomeado secretário especial adjunto de Fazenda no superministério de Guedes. Atualmente, respondia pela chefia da assessoria especial de Relações Institucionais da pasta.

Guedes inicialmente cometeu um equívoco, anunciando André Esteves, sócio do banco BTG Pactual, para o cargo. Depois, o ministro disse que cometeu a confusão pois soube que integrantes da ala política teriam ido atrás de Esteves no BTG para lhe perguntar quem poderia sucedê-lo à frente da Economia, ainda que o presidente Jair Bolsonaro não tenha feito este pedido.

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Sem mudança no arcabouço

Durante a coletiva, Guedes reiterou que “não há nenhuma mudança no arcabouço fiscal”, em meio ao cenário de aversão ao risco maior nas últimas sessões com as mudanças no teto de gastos.

Guedes afirmou ainda que prefere tirar uma nota menor no quesito fiscal, com o déficit primário sendo um pouco maior no ano que vem, em troca de atendimento a mais frágeis, relativizando a mudança na regra do teto e defendendo que não houve mudança nos fundamentos da economia brasileira.

“Preferimos ajuste fiscal um pouco menos intenso e abraço no social um pouco mais longo”, disse ele à imprensa no auditório do Ministério da Economia, ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

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O ministro ponderou que há coisas que podem ser atendidas, cabendo a ele fazer avaliação de até onde é possível ir.

“Agora se for para 500, 600, 700 aí não dá mesmo e vamos desorganizar economia”, disse ele, indicando que o valor de R$ 400 para o benefício do Auxílio Brasil seria um teto.

O ministro defendeu ainda a possibilidade de oferecer um auxílio a caminhoneiros, já que o Brasil roda no modal rodoviário.

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“Estamos falando de pouco mais de 3 bilhões (de reais)”, afirmou.

“Não estou preocupado com a coisa do foi extra-teto ou levantamento do teto. O importante é que é plenamente absorvível nas contas, finanças seguem inabaláveis”, disse.

(com Reuters)

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