Governo do estado de SP recomenda limitar para 70% a capacidade de público em eventos para conter Covid

Gestão abriu pré-cadastro para vacinação de crianças de 5 a 11 anos e estendeu o uso obrigatório de máscara até 31 de março para toda a população

Mariana Zonta d'Ávila

(Reprodução)

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Em meio ao avanço no número de casos de coronavírus, o governo do estado de São Paulo recomendou, nesta quarta-feira (12), às prefeituras dos 645 municípios paulistas a redução de 30% no limite de capacidade de ocupação de eventos públicos e privados.

Com isso, cai para 70% a capacidade de público em eventos musicais e esportivos, festas e atividades que gerem aglomeração. O percentual fica a critério do município, podendo ser ampliado para mais, de acordo com as condições epidemiológicas.

Apenas nos estádios de futebol que o novo limite é uma determinação, a partir de 23 de janeiro, com o início do campeonato paulista.

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“Estamos enfrentando uma pandemia dos não vacinados. Pessoas com mais de 18 anos que não completaram o esquema vacinal e crianças que não foram vacinadas. Eles que são os responsáveis pelo acréscimo no número de casos”, afirmou João Gabbardo, coordenador executivo do Comitê Científico do estado, durante coletiva à imprensa realizada nesta quarta.

Ele chamou atenção para o aumento de quase 50% no número de pessoas internadas nos leitos de UTI no estado, para 1.727, além de um crescimento de quase 100% nas enfermarias.

Além das novas regras de ocupação nos grandes eventos, o governo reiterou o uso obrigatório de máscara em todos os ambientes, prorrogando a medida até, pelo menos, 31 de março. A higienização das mãos, uso de álcool em gel e principalmente, completar o esquema vacinal, estão entre as demais recomendações do Comitê Científico.

Segundo Gabbardo, as novas restrições são uma recomendação, dado que cada município possui uma situação epidemiológica distinta. “Passamos uma régua do mínimo a ser feito, e as prefeituras podem ampliar as restrições de acordo com a necessidade.”

“Trabalhamos de acordo com realidade do momento. E hoje, o acréscimo de internações é bastante significativo, mas ele sai de uma base muito baixa. Se compararmos os dados de internações em UTI em relação à capacidade, estamos com 13% dos leitos ocupados. Por isso, as recomendações precisam ser proporcionais. Isso não é definitivo; na próxima semana vamos analisar os números e outras recomendações podem ser sugeridas pelo governo do estado”, compeltou Gabbardo.

Vacinação de crianças

Durante a coletiva, o governador João Doria também anunciou que pais poderão realizar o pré-cadastro de seus filhos no sistema para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos a partir desta quarta-feira (12).

Segundo Doria, a capacidade hoje é de 250 mil doses por dia, mas, por conta de uma quantidade ainda baixa de doses da Pfizer a serem entregues pelo Ministério da Saúde – da ordem de 240 mil doses –, a imunização do grupo será iniciada por grupos prioritários, como crianças com comorbidades, deficiências, além de indígenas e quilombolas.

Para vacinar os filhos de 5 a 11 anos, os pais deverão apresentar comprovação de comorbidade, como exames, receitas, relatório médico, prescrição médica, além de ter cadastro na Unidade Básica de Saúde.

A lista de comorbidades consideradas pelo Ministério da Saúde incluem insuficiência cardíaca, cor pulmonale e hipertensão pulmonar, diabetes mellitus, HIV, síndrome de Down, arritmias cardíacas, doença renal crônica, entre outras.

A expectativa é de que a pasta entregue as vacinas ao estado entre os dias 14 e 15 de janeiro, podendo então ser iniciada a vacinação do grupo.

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