Governo de SP vai solicitar novamente à Anvisa vacinação de crianças de 3 a 11 anos com CoronaVac

De acordo com o governador, serão reservadas 12 milhões de doses para a aplicação, caso seja aprovada pelo órgão

Mariana Zonta d'Ávila

Governador de SP, João Doria, com caixa da vacina CoronaVac (REUTERS/Amanda Perobelli)

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O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (8) que vai solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a aplicação de doses da vacina contra a Covid-19 da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, em crianças de 3 a 11 anos.

Até o momento, a única vacina contra a Covid-19 aprovada para menores de 18 anos no Brasil é a da Pfizer. Esse imunizante tem indicação em bula para uso a partir de 12 anos de idade.

O governador João Doria lembra que o primeiro pedido, feito pelo Instituto Butantan, foi protocolado no fim de julho deste ano e que agora, o segundo pedido é acompanhado de estudos feitos pelo Sinovac.

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“A CoronaVac já é aplicada em crianças de três a 11 anos na China, Malásia, Chile e Equador. Com isso, o Butantan entende que é hora de vacinar crianças no Brasil e a CoronaVac tem se mostrado eficaz e segura para a vacinação desse público”, disse Doria, durante coletiva de imprensa em frente ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

De acordo com o governador, serão reservadas 12 milhões de doses para a aplicação, caso seja aprovada pela Anvisa.

Segundo Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, na próxima semana toda a documentação solicitada pela Anvisa será novamente apresentada. “Esperamos um resultado positivo e que haja a liberação o mais rápido possível, dado que essas doses estão esperando para serem usadas”, afirmou.

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No fim de novembro, a Anvisa informou que estava analisando a inclusão da indicação da vacina da Pfizer para a imunização de crianças na faixa etária de cinco a 11 anos. “O processo está em análise pela equipe técnica, que solicitou à farmacêutica dados complementares para avaliação do pedido”, informou a agência, na época.

“Para essa solicitação, a Anvisa está adotando uma estratégia diferente para as análises técnicas dos estudos clínicos para o público infantil, buscando o envolvimento de diversas entidades”, destacou a Agência. “Foram encaminhados convites para representantes das sociedades brasileiras de Imunologia, Infectologia, Pediatria e Epidemiologia, solicitando a colaboração dessas entidades no processo.”

Segundo a Anvisa, assim que houver confirmação por parte das entidades e representações, será realizada uma reunião com a apresentação dos dados disponíveis para discussão e auxílio técnico na tomada de decisão.

Durante a coletiva desta quarta, o governador também destacou o recorde de doses adicionais da vacina contra a Covid-19 aplicadas no estado em dezembro, com 1,1 milhão de doses aplicadas apenas na primeira semana do mês.

De acordo com o site “vacinômetro”, 94,54% da população do estado de São Paulo com mais de 18 anos está com esquema vacinal completo. Além disso, já foram aplicadas 5,9 milhões de doses adicionais até o momento.

Passaporte vacinal

O governador João Doria também reforçou o apelo ao governo federal para a implementação de um passaporte vacinal aos viajantes que chegam ao Brasil.

Segundo Doria, se até o dia 15 de dezembro o governo não adotar a medida, ela será praticada pelo estado de São Paulo, em seus aeroportos internacionais e portos.

A manutenção do uso obrigatório de máscaras também segue em vigor no estado em meio à chegada da variante ômicron da Covid-19, mesmo diante da melhora dos indicadores de internações, número de casos e mortes pela doença, informou.