Governo de SP adianta aplicação da segunda dose de vacina da Pfizer contra Covid-19

Governador João Doria (PSDB) também disse que os lotes suspensos da CoronaVac pela Anvisa serão devolvidos à Sinovac, na China

Mariana Zonta d'Ávila

Vacina contra Covid-19 da Pfizer (REUTERS/Dado Ruvic)

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SÃO PAULO – O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (22) que vai antecipar o intervalo entre as doses das vacinas da Pfizer, de 12 para oito semanas.

A medida, que deve beneficiar 6,9 milhões de pessoas, começa a valer a partir desta sexta-feira (24) e permite, a quem tomou a primeira dose, antecipar em quatro semanas a conclusão do esquema vacinal.

Segundo o governo estadual, cerca de 2 milhões de doses da Pfizer serão encaminhadas aos 645 municípios paulistas nos próximos dias para permitir a antecipação das doses.

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De acordo com o “vacinômetro”, ferramenta online do governo paulista que monitora o ritmo de vacinação no estado, já foram aplicadas mais de 60,7 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19.

Cerca de 68% da população adulta, com mais de 18 anos, já está com o esquema vacinal completo. A dose adicional, por sua vez, foi aplicada em 225,9 mil pessoas até o momento.

Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde da gestão Doria (PSDB), destaca que hoje o número de pessoas nas enfermarias e Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) do estado somam menos de 5 mil pacientes, número próximo do encontrado no início de maio de 2020, um dos períodos mais agudos da pandemia no país.

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“Isso é um reflexo do impacto positivo da vacina, a proteção e a obrigatoriedade do uso de máscara”, afirmou, durante coletiva à imprensa na sede do Instituto Butantan, na zona oeste da cidade de São Paulo.

Lotes suspensos da CoronaVac

Nesta quarta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento dos 25 lotes da vacina CoronaVac, contra a Covid-19, que foram interditados no início de setembro.

A justificativa é de que “dados apresentados pelo laboratório não comprovam a realização do envase da vacina em condições satisfatórias de boas práticas de fabricação”.

João Doria, governador do estado de São Paulo, afirmou que as doses já foram recolhidas pelo Butantan e que devem ser devolvidas à farmacêutica chinesa Sinovac.

“Essas doses estão interditadas pela Anvisa, mas isso não significa que houve a proibição do uso nem a destruição das vacinas; só que precisamos aguardar a fiscalização da nova fábrica da Sinovac, em Pequim, pela Anvisa”, disse.

Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, reforçou, durante coletiva aos jornalistas, que não há pedido de uso dessas vacinas interditadas no momento. “Vamos aguardar a Anvisa para podermos dar um destino adequado a essas vacinas. Também não estamos descartando a doação dessas doses para outros países da América Latina”, afirmou.

Segundo Covas, não há problema de qualidade nos lotes suspensos, que foram fiscalizados ao chegaram ao Brasil pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e pelo próprio Butantan.

“Para as cerca de 3,8 milhões de pessoas que receberam [essas doses] no estado, houve acompanhamento e não tivemos nenhum problema”, completou, de forma a tranquilizar os vacinados com as doses interditadas.

De acordo com ele, não há necessidade de revacinação a quem recebeu doses do imunizante suspenso.

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