Governadores pressionam Anvisa por aval ainda em abril para importar vacina Sputink

Brasil tem 2 negociações paralelas para a Sputnik: a do Ministério da Saúde, que prevê 10 mi de doses, e outra dos governadores, de mais 60 mi de doses

Reuters

Sputnik V, vacina russa contra a Covid-19 (REUTERS/Agustin Marcarian)

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BRASÍLIA (Reuters) – Governadores cobraram nesta terça-feira que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorize a importação da vacina russa Sputnik V contra a Covid-19 ainda em abril e antes de uma visita de técnicos do órgão regulador à Rússia, em busca de ampliar a capacidade de vacinação do país no pior momento da pandemia.

“A lei prevê um prazo, esse prazo é de 7 dias úteis ou 9 corridos. Nós governadores temos a expectativa de neste prazo, que vai até a próxima segunda-feira, que a gente tenha a aprovação, a aprovação neste prazo curto, como manda a lei, ela é uma garantia de que essa vacina é segura, tem eficiência, aplicada em 58 países do mundo”, disse o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do tema de vacina no Fórum dos Governadores, após reunião de chefes de Executivos estaduais com a diretoria da Anvisa.

“Essa vacina que já tem 10 milhões de pessoas, ninguém morreu, todo mundo se sente imunizado, então nós queremos esta vacina também para o Brasil e nós queremos, como está no contrato, também para o mês de abril”, acrescentou o governador a jornalistas.

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A reunião da Anvisa com os governadores ocorreu no mesmo dia que o presidente Jair Bolsonaro conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre os planos do Brasil para compra da Sputnik V, e acertou a visita de uma missão técnica da Anvisa ao país para inspecionar a produção do imunizante.

O Brasil tem duas negociações paralelas com o instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina, para obter a Sputnik: uma do Ministério da Saúde, que prevê a compra de 10 milhões de doses, e outra dos governadores, por mais de 60 milhões de doses.

A compra do ministério prevê a produção local do imunizante, o que demanda uma autorização de uso emergencial pela Anvisa, enquanto o pedido dos governadores diz respeito à importação de doses prontas da Rússia.

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Em nota após a reunião com os governadores, a Anvisa afirmou que vai buscar “de forma proativa” informações para superar aspectos técnicos do pedido de importação da vacina Sputnik feito pelos Estados.

“As ações da Anvisa incluem a busca de informações junto à Organização Mundial de Saúde (OMS), à Agência Europeia de Medicamentos e a possibilidade de envio de uma equipe à Rússia para inspeção das instalações do fabricante da Sputnik no país de origem”, esclareceu.

Segundo a agência, o processo de importação excepcional é mais simples do que a avaliação para o uso emergencial ou para o registro de uma vacina.

De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, a agência já estava em tratativas com o instituto russo Gamaleya para fazer as inspeções sanitárias, e a data da visita será definida em uma reunião na quarta-feira.

No acompanhamento feito pela Anvisa dos pedidos de autorização para uso emergencial, a agência informa que a União Química, que fez a parceria com o laboratório russo para importar e produzir a vacina no Brasil, não apresentou 18,67% dos documentos exigidos. Outros 24,59% estão incompletos, e o restante está em análise.

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