Funcionários das três maiores montadoras dos EUA entram em greve

Sindicato que representa trabalhadores da GM, Ford e Stellantis quer 40% de reajuste salarial em 4 anos e semana de trabalho menor

Roberto de Lira

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Milhares de funcionários de três das maiores montadoras de veículos dos Estados Unidos entraram em greve nesta sexta-feira (15), informou o UAW, o sindicato nacional da categoria. Desde a meia-noite, foram paralisadas as produções da General Motors (GM), Ford e Stellantis em unidades no Missouri, Michigan e Ohio.

O sindicato busca aumentos salariais de 40% para os seus cerca de 140 mil membros ao longo de quatro anos, alegando que houve um aumento comparável nos salários dos líderes empresariais.

Além disso, a pauta de reivindicações inclui uma semana de trabalho de quatro dias, o retorno dos aumentos salariais automáticos vinculados à inflação e limites mais rígidos sobre o período de trabalhos temporários sem benefícios sindicais.

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A Ford informou num comunicado recente que as propostas do UAW poderiam mais do que duplicar os seus custos trabalhistas nos EUA.

Segundo a BBC, uma greve de 10 dias poderia custar às três empresas quase US$ 1 bilhão e aos trabalhadores quase US$ 900 milhões em salários perdidos, de acordo com estimativas do Anderson Economic Group. O impacto total na economia dos EUA poderia chegar a mais de US$ 5 bilhões.

A Ford, a GM e a Stellantis representam, em conjunto, cerca de 40% das vendas de automóveis nos EUA.

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A última vez que a indústria automobilística americana enfrentou uma greve foi em 2019, quando os trabalhadores da GM abandonaram o trabalho por seis semanas.